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VALLIE

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VALLIE

As palavras de Lily reverberavam na sala, cada uma delas cravando-se em mim como facadas. Lily, foi isso que a mulher que me deu a vida virou, apenas um nome nos meus lábios. Eu não consigo desviar do seu olhar, meus pés presos no chão

—Você sempre foi um peso, Vallie. —ela disparou, a voz fria como gelo. —Desde o dia em que nasceu, eu quis me livrar de você. Você não é nada além de um fardo.

As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto, quentes e salgadas, enquanto a dor se transformava em um lamento silencioso. Eu não conseguia entender como ela poderia sentir isso. O olhar da mulher que me deu a vida estava vazio, desprovido de qualquer emoção que eu desejasse ver. Não havia amor, não havia remorso. Era como se eu fosse uma estranha em sua vida, uma intrusa que não deveria ter existido.

—Por que v-você diz... isso?— meu tom saiu choroso, a voz falhando com a intensidade da dor. —Eu só queria que você me amasse. Eu sempre fiz o melhor que pude! O que eu sinto por Dean foi fruto da relação que construímos. Ele estava lá por mim, enquanto você me ignorava e se enchia de comida.

Ela apenas riu, um riso cruel que ecoou pela sala.

—Amor? O que você sabe sobre amor, garotinha? Amor é para aqueles que realmente importam, e você nunca foi uma delas. Sempre fui obrigada a agir como se estivesse feliz, mas você estragou tudo!

— M-Mãe ...

— Para! Pare de chorar e me chamar de mãe, porra!— ela gritou, colocando as duas mãos nos ouvidos. — Dean só queria te comer, sua puta idiota. Tenho certeza que quando enjoar da sua boceta jovem, ele retornará para mim.

Senti o peito apertar enquanto cada palavra dela se transformava em um golpe. Eu desejei poder fugir, desaparecer, mas estava presa a sua crueldade, meus pés não ouviam meus comandos. A dor era insuportável, e as lágrimas escorriam livremente, misturando-se com a vergonha e o desespero.

Então, Lily se virou e agarrou uma faca da mesa. O brilho do metal refletiu a luz escassa da sala, e meu coração disparou.

—Eu vou apagar a sua existência
— ela gritou, a voz baixa e carregada de uma intensidade que me fez sentir um frio na espinha. —Você não vai mais me atormentar, nem atrapalhar meus planos. Não mais.

As palavras dela me cortaram mais profundamente do que qualquer lâmina poderia.

—Por favor, mãe, não! Eu sou sua filha... — Eu estava em pânico, as mãos trêmulas enquanto eu tentava alcançar a mão dela, a faca parecendo um símbolo de tudo o que eu temia.

—Você é um erro.— ela declarou, os olhos frios e determinados. —E erros precisam ser corrigidos.

O desespero tomou conta de mim.

—M-Mãe, você não pode fazer isso! Eu sou sua filha... Eu amo você.— minha voz saiu trêmula, cada palavra carregada com a esperança de que, de alguma forma, isso a fizesse recuar.

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