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VALLIE

Estou parada no meio da sala, não, petrificada no lugar é o termo certo.

Meu corpo perece congelado e longe de ser comandado enquanto assisto o homem que estou apaixonada sendo tocado por outra mulher.

Na minha cabeça, estou gritando e xingando, fazendo exigências que não me pertencem.

Dividida entre ir até minha mãe  para recuperar o tempo perdido, roubar um pouco da sua atenção e finalmente tentar criar um vínculo saudável entre nós, porque parte de mim está entusiasmada pela possibilidade de ter uma mãe e acredita que ela deseja o mesmo, a outra de mim quer  afastar suas mãos de Dean e azer minha reivindicação sobre o homem bem na sua frente.

Faz uma semana desde que tive qualquer contato íntimo com meu padrasto, nós mal nos falamos. Embora ele continue me encurralando pelos cantos escuros da casa e tentando chamar minha atenção sempre que uma oportunidade surge, eu continuo pedindo um tempo para entender meus sentimentos. Acho que é isso que ele está fazendo agora, me punindo por ignorar seu chamado. Minha mãe toca seu braço, pertando seus músculos e rindo de algo que ele diz.

Ótimo para caralho.

Calma, garota. Não faça uma cena.

Ele é o marido dela, minha consciência aponta.

Mais uma vez, me sinto como a megera sem coração, porque eu odeio que ela seja a mulher dele.

Ainda sem perceber minha presença, mamãe descansa a mão direita no rosto do marido com carinho e sorri para ele, surrando palavras que não consigo compreender. Algo dentro de mim se agita e sinto olhos em mim, ao lado de Dean, quase como uma sombra, Sarah me encara om uma expressão inquisidora e um sorriso arrogante nos lábios.

Foda-se ela.

Limpo a garganta, empurrando a cadeira para trás com força e chamando atenção do doce casal. Dean segura meus olhos como se estivesse ansioso pelas minhas palavras, me dando seu sorriso malicioso. Ele sabia da minha presença o tempo todo, disso eu não tenho dúvida. Prefiro engolir um pedaço de pizza mofado do quê oferecer minha miséria em uma bandeja, se ele está feliz em brincar e bancar o bom marido na minha frente, posso fazer o mesmo. Agarro meu celular e pressiono algumas teclas até encontrar a mensagem que preciso, quando tenho o texto na tela, vou até minha mãe e seguro o celular na frente dos seus olhos. Ela faz uma leitura rápida e ao ontrário do que imaginei, sua expressão não muda.

Pisco sem entender nada.

— O que é isso? — Dean pergunta, inclinando a cabeça para o meu celular. Eu o puxo antes que ele tenha a chance de ler qualquer coisa e guardo no bolso de trás da minha calça. Ele me dá uma expressão ranzinza, mas ignoro.

— Vallie. — ele diz meu nome como uma ameaça,  ficando de pé bem na minha frente. Eu bufo e desvio do seu corpo.

Você não vai dizer nada? — questiono minha mãe.

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