Padrasto. (+18)
Vice= Vício.
Vallie Simmons sente que Dean Lawrence é perigoso, mas não consegue resistir à paixão avassaladora. Ela terá que escolher entre a lealdade à sua mãe e o amor proibido por seu padrasto, que pode custar a sua vida.
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DEAN
Ela estava tão perto, mas havia um abismo intransponível entre nós. A beleza de Vallie estava me deixando em constante sofrimento, principalmente nas últimas semanas, mas essa noite, ela escolheu me torturar de propósito. Eu queria tocá-la, sentir a suavidade de sua pele sob meus dedos, mas sua perda de memória estava servindo de empata. A única coisa que eu conseguia era a visão dela, como agora. Os cabelos soltos caindo em ondas sobre os ombros e um vestido que se ajustava perfeitamente às suas curvas, provocando um desejo ardente que queimava dentro de mim. Fiquei louco quando a vi parada na cozinha, toda linda no vestidinho atrevido. Sei que o escolheu de propósito só para me tentar.
Meu corpo estava em chamas, cada fibra de mim pulsava com a necessidade dela, a ideia de persegui-la me deixava em um estado de euforia e desespero. Ela sempre foi uma caça fascinante, mas agora, com o conhecimento de que eu não podia ter ela como desejava, tudo parecia mais intenso. O jogo voltou para o início, a incerteza que brilhava nos seus olhos só alimentava meu desejo. Ela me quer, posso ver isso só de olhar no seu rostinho jovem, mas não vai ceder por culpa. Acha que está traindo a mãe, se ela soubesse o tipo de pessoa que Lily é, não sentiria nenhum remorso. A mulher é uma cobra venenosa, uma sociopata por completo, só estou aceitando a chantagem para poder continuar perto da minha garota.
Vallie está a poucos centímetros de mim, com os olhos que refletiam um misto de medo e excitação, e cada movimento dela enviava uma onda de desejo pelo meu corpo. O jeito como mordia os lábios me deixava louco, e eu queria desesperadamente arrastar meu nariz pela pele macia do pescoço dela, sentir o cheiro doce dela e me embriagar. Eu não podia, não naquele momento, e isso era um tormento.
— Se você não correr, eu vou fazer uma besteira. — As palavras saíram antes que eu pudesse pensar, e eu me odiei por isso. Mas a verdade era que a possibilidade de perder o controle me fazia sentir ainda mais vivo. O desejo de manter minha razão estava em conflito com a urgência de possuí-la.
Cada segundo que passava sentindo-a ali, a poucos passos, parecia uma eternidade. Eu estava em guerra, lutando contra a necessidade de protegê-la e a vontade de arrastá-la para mim. O que eu realmente queria era rir com ela, sentir seu calor, ouvir sua voz. A saudade dela me consumia, e as memórias dos momentos que já tivemos juntos eram como facadas em meu coração.
A música ecoava ao fundo, mas eu não conseguia ouvir nada além do som da respiração dela e do batimento acelerado do meu coração. O fato dela continuar me desafiando, cheia de vida e coragem, era uma combinação perfeita de beleza e indisciplina. Eu sabia que não deveria me envolver, que essa linha que estava cruzando era perigosa, mas a verdade era que não conseguia resistir. Vallie é a minha coelhinha, meu bichinho , e mesmo sem as memórias, seu corpo sabe que me pertence.
O impulso de puxá-la para perto e finalmente beijá-la se tornava quase insuportável. O jogo da perseguição me atraía , e eu sabia que não poderia aguentar muito mais.
Olhei nos olhos dela, e uma onda de necessidade me atravessou. Ela estava tão próxima, tão vulnerável e, ao mesmo tempo, tão faminta. Minha voz saiu como um rosnado, a tensão do momento escapando entre meus lábios.
— Você se lembra que sou um lobo mau, certo? — perguntei, minha voz carregada de provocação e luxúria. Eu queria ver o desejo nos olhos dela se acender ainda mais. Vallie permaneceu imóvel, seu olhar fixo em mim, e uma pequena curva formou-se em seus lábios.
Ela não deu nem um passo para trás.
— E se eu não quiser correr? — Sua voz era baixa, mas cheia de uma ousadia que me pegou desprevenido. Havia uma chama nos olhos dela, uma intensidade que me desarmava, como se estivesse disposta a jogar comigo. Vallie não estava mais tentando esconder o que sentia. Ótimo, porra! Estou cansado desse morde e assopra.
Dei um passo em sua direção, incapaz de conter o impulso de estar mais perto dela. Meu coração batia como um tambor, e a fome por ela queimava dentro de mim com uma força quase dolorosa. Ver sua resistência se desfazer, aquele desafio ceder ao desejo, me deixava insano.
— Vallie… — sussurrei, com a voz rouca, como se apenas pronunciar o nome dela me consumisse. — Você não sabe o que está pedindo.
Ela levantou o queixo, mantendo o olhar fixo em mim.
— Então me diga, Dean. Me diga o que eu estou pedindo. — Sua respiração estava acelerada, e a faísca no olhar dela me atraía, me desafiava a quebrar as barreiras entre nós.
Soltei um riso baixo e sombrio, incapaz de disfarçar o desejo que me dominava. Eu estava desesperado, faminto para sentir seus lábios nos meus, para marcá-la como minha, e ela sabia disso. Estava escrito na forma como meus olhos a devoravam. Mas a hesitação ainda me prendia. Vallie não sabia a verdade, e o peso daquilo me puxava de volta à realidade.
— Você acha que é a primeira vez, Vallie? — murmurei, os dedos se fechando involuntariamente ao lado do meu corpo. — Acha mesmo que… se me beijar, vai ser a primeira vez?
Ela franziu as sobrancelhas, o rosto bonito tomado por uma expressão de confusão.
— O que isso significa, Dean? — Ela deu um passo à frente, ficando perto o suficiente para que eu sentisse seu perfume, uma mistura de flores e algo mais, algo só dela. — Do que está falando?
Eu chutei uma pedra no chão, frustrado e confuso. As palavras estavam ali, presas, mas trazê-las à tona parecia uma batalha. Confessar tudo o que havíamos vivido, as noites escondidas, os segredos que eu guardava, era perigoso. Eu devia contar a ela? Ou isso a machucaria ainda mais?
Ela esperou, os olhos fixos em mim, impaciente e determinada. Sua expressão dizia tudo. Ela não iria embora sem respostas, e quanto mais o silêncio se arrastava, mais ansiosa ela parecia.
— Droga, Vallie — resmunguei, passando as mãos pelos cabelos. — Você me deixa louco, sabia? Uma parte de mim quer dizer tudo, te dar cada verdade que você pede. Mas outra parte… — Suspirei, tentando recuperar o controle. — Outra parte quer que você só confie que sempre vou te proteger.
Ela cruzou os braços, o olhar agora desafiador.
— Confiança? — Seu tom era um misto de raiva e tristeza. — Como posso confiar se você guarda segredos? Você diz que quer me proteger, mas sinto que todos, incluindo você, estão ocultando partes importantes da minha vida.
Minha respiração estava pesada, cada músculo do meu corpo tenso com o desejo de tocá-la, de segurá-la e fazer com que todos os temores dela sumissem. Mas, ao mesmo tempo, a ideia de perder o controle me assustava. Vallie se mostrava mais ousada, mais determinada a não deixar nada passar, e esse fogo dela apenas atiçava minha fome, fazia meu desejo por ela se tornar uma dor insuportável.
Olhei-a nos olhos, e naquele instante, soube que ela não iria recuar.