Padrasto. (+18)
Vice= Vício.
Vallie Simmons sente que Dean Lawrence é perigoso, mas não consegue resistir à paixão avassaladora. Ela terá que escolher entre a lealdade à sua mãe e o amor proibido por seu padrasto, que pode custar a sua vida.
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3 anos antes.
Dean
Quatro.
Quatro vezes eu quase fiquei viúvo.
Descanso a cabeça entre as pernas, negando-me o direito de gritar e quebrar alguma coisa antes de entrar em casa e lidar com Vallie. Ela não sabe que sua mãe acabou de sofrer a segunda parada cardíaca em menos de um ano, a pobre garota acha que Lily está num resort para perder peso e finalmente fazer a bariátrica e eu preciso manter o teatro.
Mentiras.
Eu venho contando tantas mentiras para essa garota nos últimos seis anos que não consigo mais olhar em seus olhos sem sentir nojo de mim. Ela nem percebe.
— Droga!
Bato meu punho contra o volante.
— Dean? — ergo o olhar para a mão batendo contra o vidro da porta quando vejo o cabelo cacheado.
Franzo o cenho para a mulher.
— Kiara?
— Oi.
— O que está fazendo aqui? Eu disse que você poderia tirar essas semanas de folga. — ela me encara com suspeita, olhando de um lado para o outro na rua escura e pouco movimentada, então pede para que eu abra a porta do passageiro e entra no carro.
Me movo no assento de forma desconfortável. Não quero conversar.
— Eu não queria deixar Vallie sozinha, a pobre menina já tem que passar as férias aqui, isolada e sem qualquer diversão. — explica.
Meus ombros caem.
Ela tem razão sobre isso, mas eu disse para mim mesmo que seria temporário. Apenas o tempo necessário para Lily voltar a ficar confortável morando na cidade. Isso foi há um ano.
— Fique no quarto de hóspedes. — falo, mas então eu pauso e a encaro. O peso nas minhas costas ganhando uma nova dimensão quando meus olhos encontram os dela. Kiara tem quase a minha idade, porém parece mais jovem e amigável do que eu jamais fui. Nunca fomos próximos, nossos diálogos se resumem a saúde da minha mulher e as observações que ela faz sobre o estado mental de Vallie.— Obrigado. — sussurro.
Ela assente e aperta os lábios da forma que sempre faz quando tem algo a dizer, mas não sabe se deveria dizer. De qualquer forma, jogo a cabeça para trás no assento e peço um minuto.
— Apenas um, então você poderá falar o quanto sou uma pessoa ruim.
Escuto ela se mover do meu lado,mas fica em silêncio.
Um.
Dois.
Três minutos se passam, e nenhum de nós dois fala. É frustrante para caralho.