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VALLIE

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VALLIE

Observei o carro de Dean desaparecer pela estrada, levando minha mãe junto. A luz da manhã banhava o asfalto com um calor fraco, mas dentro de mim tudo parecia frio e sem cor. Era como se eu estivesse presa em uma história de terror. Mas quem era eu nessa história? A mocinha que precisa sobreviver ou a vilã que destrói tudo ao redor?

Minha mãe tentou me matar. Meu pai, com suas palavras sempre cheias de meias-verdades, talvez nunca tenha sido honesto comigo. E Dean... bem, eu estava dormindo com meu padrasto e conspirando contra minha própria mãe. Que tipo de pessoa isso fazia de mim?

Sacudi a cabeça, tentando expulsar esses pensamentos. Nada disso importava agora. Eu precisava me concentrar na missão. Com um suspiro, virei-me e subi as escadas até meu quarto. Ao passar pela porta, meus olhos caíram na roupa que usava. O short minúsculo deixava quase toda a minha bunda exposta, e o top felpudo branco, ridiculamente curto, exibia minha barriga sem nenhum pudor.

Sorri para mim mesma, um sorriso maquiavélico. Claro que isso irritou minha mãe. Foi intencional, eu só precisava sentir que ainda tinha controle sobre algo, mesmo que fosse apenas a escolha da minha roupa de dormir.

Joguei as peças no chão e entrei no chuveiro. A água quente escorreu pelo meu corpo, lavando a sensação de estar sendo observada que não me abandonava desde o café da manhã. Fechei os olhos por um momento e respirei fundo. Eu ainda estava aqui. Ainda viva. Não uma sombra sem memória, não uma peça manipulada no tabuleiro dos meus pais.

Depois de me vestir com algo mais adequado, um jeans e uma blusa rosa de manga longa, saí do quarto, pronta para encarar o dia.

Every passou para me buscar meia hora depois. Sempre eficiente, ela tagarelava sobre os professores, os novos trabalhos e seu drama particular, o seu rolo com seu meio irmão, aparentemente o cara não estava facilitando e desconfio que ela está apaixonada. Quase bufo, não sei qual de nós duas está pior, ambas vivendo um romance proibido.

— Para onde você foi?

Pisco e inclino a cabeça para o lado, encarando o rosto dela.

— Ãn?

— Na festa, você saiu e me deixou lá. Eu recebi sua mensagem, mas não entendi.

Minha mente vaga para a noite anterior e me encolho no assento.

— Meu padrasto precisava de mim para resolver algo. — digo, entregando uma meia verdade. Minha língua está coçando para lhe contar que recuperei a memória, mas vou seguir a recomendação de Dean. Ela fica em silêncio por algum tempo, então quando percebe que não vai obter uma explicação detalhada, liga o som e resmunga um ok.

— Ah, eu amo essa música. — ela grita e começa a cantar junto com a cantora, meu corpo volta a relaxar. É reconfortante sentir que pelo menos esse aspecto da minha vida estava voltando ao normal, mesmo que tudo o mais estivesse um caos.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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