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Dias atuais

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Dias atuais.

Vallie

Qual o nome dado para algo que você não consegue largar? Aquilo que te alimenta mesmo quando não é desejado. Eu chamo de vício, e veja só, eu conheço bem essa palavra porque minha mãe e meu pai são viciados. Como eu poderia ser diferente deles? A resposta é óbvia, eu não sou.

Eu tinha quatorze anos quando começou, era a primeira noite na nova casa e meu padrasto estava mexendo no aquecedor do meu quarto, ele estava usando uma camisa branca lisa que subia a cada movimento e eu não conseguia parar de olhar.

Desde então, Dean tornou-se meu vício.

Meu dedo escorrega pelo suor em seu peito, e embora ele ainda esteja dormindo, seu corpo reage a cada toque como se ansiasse por isso, como se ele precisasse desse contato tanto quanto eu. Nós dois estamos tão sedentos de carinho a essa altura que não posso deixar de pensar em mamãe e sua compulsão por comida como únicas culpadas.

Ás vezes, eu a odeio.

A mulher que me trouxe ao mundo.

Minha única família.

— Dean. — eu digo baixo o suficiente para não acordá-lo, precisando falar seu nome para tornar real.

Ele resmunga, passando a mão no rosto, mas não desperta.

Meus olhos vão até a porta, o medo que Kiara volte antes do horário e me pegue tocando meu padrasto crescendo a cada segundo. Eu me deito junto dele, apertando seu corpo ao meu no pequeno espaço do sofá, sua mão sobe até minha cintura e ele aperta possessivamente, me trazendo ainda mais para perto.

Eu ofego, minha saia subindo com o movimento da sua mão e descanso a perna no meio das dele.

— Lily. —ele murmura depois de cheirar meu pescoço e sentir o perfume de cereja, o preferido de mamãe, e me confundir com ela.

Mantenho minha boca fechada, segurando cada gemido para que nada possa interromper esse momento. Dean desliza a mão para meu seio esquerdo e aperta, mesmo com a farda da escola e a esponja do sutiã posso sentir o beliscão no bico dolorido. Meu corpo inteiro vibra com a sensação e o incomodo no meio das minhas pernas aumenta.

— Tão bonita. — murmura e não aguento, acabo gemendo seu nome e ofegando. — Estou com tanta saudade, Lily.

A tensão cresce entre nós conforme os toques aumentam, ele explora minha cintura e quadril, descendo até minha coxa direto para a pele nua.

— Senti sua falta, querida. — resmunga e uma parte minha quebra. Dean não merece o que mamãe faz conosco, mas ele não enxerga o quão egoísta ela é e fica.

Eu quero que ele diga meu nome e não o dela, porém contenho a vontade de corrigí-lo quando ele morde e beija meu pescoço. Sua mão desce até o meio das minhas pernas e seus dedos apertam a carne macia, então quando um deles esfrega contra o tecido úmido da minha calcinha eu me esfrego contra ele e seguro um gemido.

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