Capítulo 108

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Passei os últimos dois meses organizando tudo para a exposição. Sam vai abrir uma nova galeria de arte e meus quadros vão estar na inauguração.

Claro que perguntei para Julia como eu não conhecia seu tio pintor e ela me disse que nem ela conhecia, e que na verdade ele estava na Itália a anos e voltou para Jorda alguns meses.

Não queria ter que expor o quadro de Thomas, mas Sam insistiu tanto que cedi. Até, porque vou poder vender meus quadros.

É a noite da inauguração e sinto que meu coração vai sair pela boca. Acabou de cair uma tempestade lá fora e agora o pôr do sol está ainda mais lindo pós chuva.

Estou com um vestido preto que vai até meus pés com uma fenda até a coxa e uma bota preta de salto alto e cano baixo, talvez não combine tanto, mas meus quadros não conversam entre si, vão desde um homem seminu em cima de uma cama a paisagens e prédios. Porém, sempre muito realistas.

Meu cabelo está preso em um coque com alguns fios soltos, estou com um brinco de prata que combina com os anéis em meus dedos e o brilho na maquiagem nos meus olhos.

Desço até a garagem, entro no meu carro que comprei em Atlanta, uma BMW ix elétrica, e adivinha? Está sem bateria.

Reviro os olhos, pego meu celular na bolsa no banco do passageiro e chamo um táxi.

Meia hora até eu chegar na galeria no centro, está chovendo quando eu desço do carro e corro para porta onde Sam me espera.

Ainda falta cerca de uma hora para inauguração e eu vim mais cedo só para ver a área destinada só para os meus quadros.

Sam escolheu paredes brancas, não há nada demais na galeria, apenas paredes com quadros e alguns lugares reservados para esculturas. E meus quadros estão no segundo corredor seguindo a entrada. Um corredor só para mim.

As pessoas já estão chegando, Sam me faz tirar muitas fotos, o que para mim é fácil, passei os últimos dois meses ajudando na campanha de divulgação nas redes sociais da galeria. Sam me deu a liberdade de divulgar nas minhas, mas eu não tenho mais e prefiro assim, porque se eu ter vou stalkear Thomas ou Adam, e realmente não quero fazer isso.

Tem garçons circulando com bebidas e comidas, e um homem tocando violino andando pelos corredores da galeria. Eu já vendi quase todos os quadros, minha mãe com Diego e Julia já passaram aqui e agora estou de frente para o quadro de Thomas o observando.

Parece que foi ontem que o vi assim na minha cama.

Minhas bochechas esquentam e respiro fundo.

— Foca Isabelli, isso está no passado. — digo baixinho e dou um leve tapa no meu próprio rosto.

Ouço alguém limpar a garganta atrás de mim.

— Quantos é esse quadro?

— Ele não está à venda. — Me viro lentamente para trás e abro a boca.

Meu coração para por alguns segundos, puxo o ar pela boca e pisco várias vezes.

Tem um sorriso perfeito na minha frente.

Puta merda, ele está ainda mais lindo, se é que isso é possível. Seu rosto está mais definido, mas continua iluminado, seu cabelo está em um corte de forma que os fios ficam naturalmente jogados para trás e a camisa social branca revela que ele em se dedicado a academia.

Eu preciso falar alguma coisa, mas primeiro olho para suas mãos e certifico que não tem nenhuma aliança.

— O que está fazendo aqui? — Que pergunta idiota Isabelli.

Isabelli Onde histórias criam vida. Descubra agora