44 Sacrificios pt.4

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Por favor me contem o que vistes tão achando agora consigo editar pelo PC e vai saindo um capítulo atrás do outro
Bjs boa leitura



Rosamaria insistia inutilmente penetrar na mente de Caroline, na tentativa de descobrir o motivo que as estavam obrigando a retornar precocemente para Paris. Mas tudo o que conseguiu foram respostas vagas dizendo que algo errado havia acontecido em Paris. Estranhou a mudança súbita no semblante leve e tranquilo, que agora fora substituído por uma preocupação pesada e resoluta, embora ela pudesse sentir que existia algo muito mais perturbador por trás daquela postura da mulher que tanto amava.

E ali, sentadas no banco de trás da limusine, sendo levadas para o aeroporto de Deli, Caroline estendeu a sua mão para receber a de Rosamaria que não demorou um instante se quer para lhe retribuir o carinho. Assim que suas peles se tocaram a loira lhe olhou com forçada tranquilidade, mas o que a morena viu por trás daquele fino véu de uma frágil leveza, foi o mais profundo dos temores. Caroline estava com medo.

Chegaram ao hangar e o jatinho já estava pronto e a espera delas. A eficiência de Priscila já havia garantido que o plano de voo e a autorização para o mesmo já estivessem prontos, o que possibilitaria a decolagem imediata daquela aeronave. As malas foram levadas às pressas para o compartimento adequado e Caroline subiu na frente, puxando Rosamaria pela mão.

- Boa noite Srta. Gattaz. - O comandante a cumprimentou e acenou para Rosamaria. - O plano de voo já foi modificado e o nosso pouso em Dublin já foi solicitado.

- Dublin? - Rosamaria sobressaltou-se. - Pensei que íamos até Paris. - Parou no meio do corredor enquanto assistia Caroline guardar suas bagagens de mão no bagageiro acima. -Carol? - Insistiu!

- Vamos pousar em Dublin sim, mas você seguirá para Paris! - O tom de voz indicava que aquela decisão fora tomada e que não caberia um protesto, mas Rosa não se daria por vencida e com os braços cruzados diante do peito a encarou.

- E porque achas que eu iria e a deixaria sozinha, para lidar com algo tão sério, que eu não sei o que é, mas que está lhe consumindo por dentro? - Caroline a olhou surpresa. Não esperava aquele questionamento, embora já soubesse que não iria convencer sua amada tão facilmente. Era um traço marcante daquela alma, a teimosia. Virou os olhos e jogou-se em sua poltrona afivelando o seu cinto em seguida.

- Por que são assuntos da Ordem e você ainda não faz parte dela! - Usou a única resposta que pensou ser possível acalmá-la.

- Sinto muitíssimo Srta. Gattaz, mas... - Sentou-se na poltrona diante dela. - Mas não irás se livrar de mim tão facilmente assim! - Cruzou braços e pernas e ergueu seu queixo levemente em um sinal de desafio. Caroline cerrou os olhos, divertindo-se com o ar desafiador de Rosamaria e quase esqueceu da seriedade do problema que estava prestes a enfrentar. Pensou em como poderia convencer-lhe do contrário. A encarou firmemente e admirou seu belo rosto e sentiu seu coração doer com a força do amor que a consumia. E esse sentimento era violentamente potencializado pelo medo absurdo e crescente que estava sentindo naquele instante.

Caroline sabia que se Lamartine utilizou de uma medida tão drástica quanto o sequestro de uma das mulheres membro da Alta Cúpula da Ordem, ele estava desesperado e disposto a fazer qualquer outra loucura. Certificou-se com Priscila como estava o esquema de segurança de Rosamaria. Sua protetora disse que havia um grupo de 10 pessoas em Deli o tempo todo por perto delas e que no voo, a Comissária era membro do Exercito de Ártemis, o que foi uma grata surpresa para ela. Mas nada daquilo conseguia lhe tranquilizar por completa. Não que duvidasse da eficiência de Priscila e das guardas de Ártemis, mas temia muito mais a loucura e o sadismo do Martelo.

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