64 Destino parte final (não é o fim)

42 7 18
                                    

AGORA QUE TA TUDO BEM DEIXO VOCES POR HOJE COM A MANU BOCA DE SACOLA, AMANHA TEM MAIS!
LOGO O REENCONTRO TAO AGUARDADO

*****

(...)“Ele não ousaria...”

Virou-se lentamente desejando com todas as suas forças que estivesse enganada. Não estava!

Numa troca de olhares capaz de mudar a atmosfera daquela sala, eles se encaram.

E, prestando sua “homenagem” lá estava John Lamartine!

 

CINCO DIAS ANTES

 

Os primeiros raios da manhã de segunda-feira começaram a penetrar pelas frestas deixadas nas janelas daquele moderno avião. O clima dentro dele ainda era bastante tenso devido ao estado de duas de suas ocupantes. Aquela aeronave, que dispunha dos mais sofisticados equipamentos médicos onde uma daquelas mulheres agarrava-se a vida.

            O bip lento dos batimentos cardíacos mostrados no monitor logo acima da maca que a carregava era a trilha sonora que praticamente não deixava nenhum dos tripulantes e equipe médica descansar. As longas horas daquela viagem tornaram-se mais vagarosas devido a aflição que imperava. Todos e tudo ali estava preparado para qualquer eventualidade e Stella, aquela que fora incumbida para a mais importante das tarefas, mal conseguia retirar os olhos no pontinho verde que subia e descia a cada pulsar do frágil coração de Rosamaria.

Logo ao lado dela, em outra maca e com menos aparelhos conectados ao seu corpo, Priscila repousava por causa da enxurrada de analgésicos que lhe foi ministrada devido aos ferimentos que sofrera. Stella caminhou e posicionou-se no estreito espaços entre as duas mulheres e as olhou com atenção. Não era o tipo que rezava e poderia muito bem ser considerada uma descrente, se não fosse ela parte de uma organização milenar onde o sobrenatural era o normal.

Suspirou enquanto repousou a mão sobre o antebraço de Rosamaria em meio aos tubos injetados em suas veias e focou sua atenção no que ela usava no pescoço. Um estranho e inusitado adereço para quem estava passeando sobre a tênue linha que separa a vida da morte. Atentou-se aos detalhes e percebeu a perfeição daquela peça. Para muitos poderia passar como um simples colar, uma peça que tinha o intuito de apenas adornar o pescoço, porém aquele não era nem o local nem o momento ideial para usar algo assim.

Ele era composto por um finíssimo cordão entrelaçado a partir da casca fina de uma árvore. O tipo dessa planta variava de acordo com a finalidade para a qual o Milah foi desenvolvido.

- Que perfeição! – Stella sussurrou baixinho assim que debruçou-se sobre Rosamaria para ver mais de perto aquele raríssimo amuleto. Mal dava para ver a sobreposição das fitas o que indicava a maestria de quem o confeccionara. Pendurados nesse fino cordão estavam um conjunto do que poderiam ser tidas como contas, mas eram pequenas peças retangulares e com as extremidades arredondadas esculpidas em madeira da mesma árvore da qual foi extraída a casca. Cada uma daquelas peças continha um diagrama que lembrava uma letra e também foram esculpidos pela mesma autora de todo o resto e na combinação daqueles desenhos estava a função do feitiço empregado.

- Onde... Estou? – Stella alertou e ao se virar percebeu que Priscila havia despertado, atraindo a atenção da enfermeira que estava a postos para ajuda-las.

- Olha quem decidiu acordar! – Stella acariciou o rosto dela com todo o cuidado, desviando dos curativos. A belíssima face que ela tanto amava estava bastante maculada e isso lhe causava uma dor profunda, aliviada apenas pelo fato de que cada um dos responsáveis por aquilo foram mortos e que ela tinha sido a responsável por algumas daquelas mortes, embora uma delas tivesse sido ainda mais prazerosa. Sorriu de canto de boca.

ALÉM DESSA VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora