35 Partidas e Chegadas

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Eu não sei se dou risada de emoção ou se choro com esse capítulo. É um dos meus preferidos.
A partir do final deste capítulo terão muitas das memórias da Marie Verguer e da Eva Shermont, espero que não achem massante pois são essenciais pro desfecho da história. Mas fiquem tranquilos pois ainda tem mais de 30 capítulos a serem postados. Só peço paciência, em SP 9 graus e meus dedos doem de escrever no frio.

BOA LEITURA!

***


- Está tudo bem Rosamaria? – Cristal lhe perguntava pela segunda vez desde que entraram num táxi que as levava junto com Louis e Marc para o restaurante que fora sugerido por Caroline após uma pequena confusão entre todos que estranhamente não sabiam qual lugar escolher.


 

- Oi? Ah sim... – Voltou a olhar para ela – Me desculpe. Ainda sinto resquícios da Tequila de ontem. – Mentiu e voltou a olhar para qualquer ponto para além da janela do carro. Estava completamente alheia a animada que a conversa que rolava entre os demais ocupantes do carro que narravam para Cristal, todas as audaciosas conquistas de Rosamaria desde que chegara à Sorbonne e em especial, a forma como sua namorada havia peitado a Toda Poderosa Gattaz em sua arena da batalha favorita. Coisa que nenhuma outra pessoa fora capaz de realizar antes.


 

Esse relato atraiu a atenção de Rosamaria que focou na conversa dos amigos e percebeu o quanto foi tola e impertinente naquele momento embora não soubesse de nada que agora sabe acerca da Ordem. Lamentou-se pelo possível sofrimento e desgaste que tenha feito Caroline passar. Mas algo que Cristal comentou a alertou.

 

- Preciso confessar a minha surpresa ao conhecê-la! – A morena referia-se a Caroline – Não esperava alguém tão...

 

- Incrivelmente sensacional? – Louis a socorreu, causando reações dispares em Cristal, que se incomodou ao constatar que era exatamente aquilo mesmo que havia sentido e em Rosamaria, que teve o seu ritmo cardíaco acelerado a uma velocidade impressionante, levando-a a mover-se desconfortável em seu lugar. – Nós também minha cara! Aliás, ninguém nunca está realmente preparado ou passa ileso pelo “Efeito Gattaz” não é meso Rosa? – Ela o olhou com evidente consternação em sua face, algo que foi percebido pelos outros dois ocupantes do carro.

 

Rosamaria trocou um olhar cúmplice com Marc que se compadeceu da agonia da amiga enquanto Cristal observava cada reação de sua namorada que estava cada vez mais distante dela e em todos os sentidos.

 

- Mas Cristal, diga-nos, quanto tempo pretende ficar em nossa linda cidade? – Marc olhou com repreensão para Louis que não entendeu nada, pois estava tentando mudar o foco da conversa, mas era evidente o quanto Rosamaria estava nervosa com a situação que enfrentaria dali a alguns instantes.

 

- Infelizmente só até o domingo. – Lamentou-se. – Eu deveria ter chegado há quatro dias, mas imprevistos com um de meus pacientes me atrasaram um pouco. Mas aqui estou. Não conseguiria ficar longe dessa srta por muito tempo. – Esticou-se um pouco para alcançar a mão de Rosamaria que repousava ao lado de seu corpo. Esse gesto causou um sobressalto em Rosa, que olhou para aquele ponto e em seguida para Cristal, que tentou segurar o olhar da outra, mas essa se esquivou. Algo estava muito errado, pensou.

 

O táxi parou diante do charmoso bistrô Mavrommatis e assim que desceram do carro viram a limusine da Professora Gattaz chegar e seus ocupantes descerem do carro. Ela havia dado carona para os demais Semideuses que ainda estavam estarrecidos com o fato. Rosamaria assistiu, com crescente ansiedade, cada um dos ocupantes do veículo saírem um a um. Primeiro René, que se apressou em se juntar aos demais. Em seguida viu Amélia e Júlia saírem numa animada conversa com a última ocupante daquele luxuoso carro que saiu em seguida e, como se fosse possível, ela tinha se tornado ainda mais espetacularmente linda desde a última vez que a vira, ainda na universidade, há poucos minutos atrás. Parecia que via aquela cena em câmera lenta. O jogar do cabelo que estava ainda mais espetacular do que o usual, o caminhar firme e ritmado de quem tinha a segurança e a certeza que era a pessoa mais maravilhosa do mundo e que estava sendo estranhamente agradável com todos.

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