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Geórgia  – 2010

Amélia sentiu uma dor pulsante na cabeça ao abrir os olhos, piscando algumas vezes para ajustar-se à claridade que parecia perfurar seu crânio. O cenário desconhecido à sua frente a deixou momentaneamente desorientada. Quando se sentou, percebeu que estava em um carro em movimento, um que ela nunca havia visto antes.

— Bom dia. — A voz inconfundível de Damon a fez virar bruscamente para o lado.

Ela o encarou, o coração disparado, surpresa e confusa.

— Onde a gente tá? — A pergunta escapou com urgência.

— Na Geórgia. — Damon respondeu com a maior tranquilidade.

Amélia franziu o cenho, achando que ele só podia estar brincando.

— Não, é sério, Damon. — Ela repetiu, sua voz carregada de incredulidade. — Onde a gente tá?

Ele a olhou de canto, um sorriso provocador surgindo em seus lábios.

— Na Geórgia. — Ele reafirmou. — Como você está? Caiu dura nos meus braços ontem.

As palavras dele trouxeram flashes da última coisa que ela se lembrava: estar na porta dele, exigindo respostas. Seu coração acelerou ao perceber a situação em que estava.

— Cadê meu celular? — Ela perguntou, começando a entrar em pânico. — Ninguém sabe onde eu tô, meus pais devem estar surtando. Quer encostar? É sério, Damon, encosta. Para o carro agora!

— Você é muito mais legal quando tá dormindo. — Ele respondeu, revirando os olhos antes de desacelerar e parar o carro na beira da estrada.

Amélia abriu a porta apressadamente, saindo do carro com passos rápidos e trêmulos. Mas assim que se pôs de pé, o mundo girou à sua volta, e suas pernas vacilaram. Antes que ela caísse, Damon já estava lá, segurando-a com firmeza.

— Ai... — Ela resmungou, fechando os olhos por um momento.

— Tudo bem? — Ele perguntou, ainda segurando-a pelo braço.

— Tô bem. — Ela respondeu com a voz fraca, recuperando o equilíbrio. — Damon, a gente tem que voltar!

— Ah, qual é! A gente veio até aqui. —Ele soltou uma risada leve, mas havia algo de impaciente em seu tom.

— Por que você tá fazendo isso? Eu não posso estar na Geórgia. Minha mãe vai me matar! — Ela exclamou, cruzando os braços. — E droga, eu bati na sua porta atrás de respostas, não de uma viagem. Isso é sequestro, sabia?

— Você é tão melodramática, pequena Lockwood. — Damon provocou com um sorriso divertido.

— Você não pode... Eu não vou pra Geórgia! — Ela insistiu, apontando para o carro.

— Você já está na Geórgia. — Ele respondeu com simplicidade, enfiando as mãos nos bolsos. — E não se preocupe, mandei uma mensagem pro seu irmão do seu celular dizendo que você passaria o fim de semana com a Elena.

— O quê?! — Amélia arregalou os olhos, indignada.

— E como a Elena tá bem ocupada brigando com o Stefan, acho que não vai ser um problema. — Ele acrescentou, ignorando a expressão furiosa dela.

— O que tá querendo fazer, Damon? — Ela perguntou, apertando os punhos.

— Por que eu sempre tenho que estar fazendo algo? — Ele retrucou, arqueando uma sobrancelha.

— Porque você sempre está. — Ela rebateu, impaciente. — Me leva de volta, agora!

— Ah, qual é. Estamos quase chegando!— Ele soltou um suspiro exagerado, balançando a cabeça.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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