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Mystic Falls, Virgínia - 2010

Amélia foi arrancada de sua cama naquela manhã por uma garota que ela nunca havia visto. A vampira a puxava com força, ignorando seus protestos, enquanto a arrastava para fora de casa. O frio da manhã a fazia tremer, mas o aperto gelado da mão da garota era ainda mais desconfortável.

Sem explicações, foi levada até um hotel de aspecto decadente, com corredores estreitos, mal iluminados e um leve cheiro de umidade no ar. O papel de parede desbotado e as lâmpadas piscando criavam uma atmosfera opressiva.

— Quem é você? O que quer comigo? — Amélia perguntou, tentando disfarçar o medo enquanto eram conduzidas por aquele ambiente sufocante.

— Entra aí e cala a boca. — A vampira respondeu sem paciência, abrindo a porta de um quarto e empurrando Amélia para dentro.

O lugar era simples, quase claustrofóbico. Cortinas encardidas bloqueavam qualquer luz natural, e a cama estava desfeita, com o colchão afundado no centro. Do outro lado, Amélia viu alguém familiar.

— Ben? O que você... — Ela começou, confusa ao reconhecer o garçom do Grill parado ali, com uma expressão que misturava hesitação e frieza.

— Fica caladinha, tá, Amélia? Agora entra aí, suas amiguinhas estão te esperando. — Ele disse, segurando-a pelo braço e a levando até o banheiro.

— O quê? — Amélia tentou resistir, mas Ben foi mais rápido, empurrando-a para dentro e fechando a porta atrás dela.

O banheiro era apertado e cheirava a mofo. O espelho estava manchado, os azulejos rachados. Sentadas no chão estavam Elena e Bonnie.

— Ah, meu Deus... Elena, Bonnie! — Amélia exclamou, seu alívio evidente ao ver as amigas.

— Amy, você tá bem? — Elena perguntou, levantando-se para abraçá-la.

— Sim, e vocês? — Amélia respondeu, apertando Elena e depois Bonnie em um abraço apertado.

— Estamos bem. — Bonnie disse, embora o tom de sua voz traísse o nervosismo. — O que eles querem com a gente?

— Eu não sei. — Elena murmurou, cruzando os braços enquanto olhava para o chão, como se tentasse encontrar uma resposta.

— Deve ter alguma coisa a ver com a tumba e o livro de feitiços da Emily. — Amélia sugeriu, sua voz um pouco mais baixa, como se temesse que pudessem ouvi-la do lado de fora.

— Livro de feitiços?— Bonnie franziu o cenho.

— O Damon disse que pode ser usado pra abrir a tumba. — Elena explicou, hesitante.

— Por que eu não sabia de nada disso? — Bonnie perguntou, indignada, olhando alternadamente para as amigas.

— A gente queria te deixar fora disso, pra te proteger. — Amélia suspirou.

— Mas perdemos o controle e chegou a esse ponto. — Elena acrescentou, sua voz cheia de culpa.

— Que ponto? — Bonnie perguntou, desconfiada.

— Precisam de uma bruxa para quebrar o feitiço e libertar os vampiros. — Amélia explicou, com um tom grave.

— Não mesmo. — Bonnie rebateu, balançando a cabeça com firmeza.

— Eu sei. — Elena concordou rapidamente.

O som de passos no corredor as interrompeu, e a porta se abriu com um rangido. Ben entrou, o olhar fixo em Bonnie.

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