Epílogo 1 - Sete anos antes

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Zorena

A mansão, sede da casa comercial dos Muntau, em Tonuak estava quieta àquela hora. Marino deixou sua sala de estudos satisfeito após revisar os livros e verificar que os lucros estavam altos e adequados. Ele chamou pelo criado, Ximbul, mas este não respondeu. Aquilo era estranho e deixou-o apreensivo. Ele saltou ao escutar a voz que veio de trás dele.

– Dispensei Ximbul – veio a voz de Zorena.

Marino relaxou, temia que pudesse haver problemas, como ladrões, ou assassinos.

– Zorena? Há quanto tempo! Cheguei a pensar que não a veria novamente.

A espiã estava tensa, não estava disposta a rodeios e disse – Você matou seu pai e seu tio, não foi?

Marino ficou chocado ao ouvir aquilo, mas respondeu dissimulado – Mas que estória é esta, minha cara? De onde você foi tirar uma ideia ridícula destas?

Zorena leu em sua expressão que mentia. A culpa estava estampada em seu olhar, ainda que tentasse disfarçar. Era tudo que precisava saber.

– Eu os amava! Você é um lixo humano. Não é digno que eu o sirva. Ou melhor... – A espiã sacou sua espada curva que zuniu veloz abrindo um corte na garganta de Marino.

– Não é digno de viver.

Marino caiu levando as mãos à garganta. Ficaram tingidas de sangue imediatamente.

Ela olhou-o com desprezo.

– Que você se afogue no próprio sangue, maldito!

Oráculo EsquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora