Zorena
A mansão, sede da casa comercial dos Muntau, em Tonuak estava quieta àquela hora. Marino deixou sua sala de estudos satisfeito após revisar os livros e verificar que os lucros estavam altos e adequados. Ele chamou pelo criado, Ximbul, mas este não respondeu. Aquilo era estranho e deixou-o apreensivo. Ele saltou ao escutar a voz que veio de trás dele.
– Dispensei Ximbul – veio a voz de Zorena.
Marino relaxou, temia que pudesse haver problemas, como ladrões, ou assassinos.
– Zorena? Há quanto tempo! Cheguei a pensar que não a veria novamente.
A espiã estava tensa, não estava disposta a rodeios e disse – Você matou seu pai e seu tio, não foi?
Marino ficou chocado ao ouvir aquilo, mas respondeu dissimulado – Mas que estória é esta, minha cara? De onde você foi tirar uma ideia ridícula destas?
Zorena leu em sua expressão que mentia. A culpa estava estampada em seu olhar, ainda que tentasse disfarçar. Era tudo que precisava saber.
– Eu os amava! Você é um lixo humano. Não é digno que eu o sirva. Ou melhor... – A espiã sacou sua espada curva que zuniu veloz abrindo um corte na garganta de Marino.
– Não é digno de viver.
Marino caiu levando as mãos à garganta. Ficaram tingidas de sangue imediatamente.
Ela olhou-o com desprezo.
– Que você se afogue no próprio sangue, maldito!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Oráculo Esquecido
FantasyAs esperanças do reino de Lacoresh estão nas mãos de Kyle e seus companheiros e sua missão de obter respostas junto ao Oráculo. Mas antes de obter tais respostas, outras revelações mostram que um mal que surge nos reinos do Vale Verde. Seria algo o...