94. We're wasting time

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Nessa fic a Sofi não é uma criança, ok?

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Não tão aos poucos quanto eu penso.

- Passa reto e nem cumprimenta as amigas - olhei para o lado e Ally estava me olhando com um sorriso divertido no rosto, desviei minha atenção para minha mãe e ela estava olhando para as prateleiras. Saí correndo e pulei nos braços de Ally - Hey calma ai, tudo isso é saudade? - ela perguntou rindo.

- Não fala nada, eu só preciso de um abraço - falei e ela me apertou mais em seus braços.

- Hey, o que está acontecendo Mila? - ela perguntou fazendo carinho em meus cabelos.

- Eu preciso de ajuda, urgentemente - falei sentindo minha voz ficar fraca. As primeiras lágrimas já começavam a escorrer por meu rosto. Ally me soltou e deu um beijo em minha testa.

- Fica aqui - ela falou e saiu em direção a minha mãe. Após algum tempo ela voltou e me puxou pela mão, me levando para fora do mercado - Eu vou te levar para o hotel em que eu estou, lá você vai me contar tudo, agora só fica calma - ela falou e eu assenti, tentando conter o choro.

Entramos no carro e eu encostei minha cabeça na porta, fechei meus olhos e tentei ficar longe dos pensamentos, longe de tudo, longe do mundo. De repente uma cena invadiu minha mente e eu abri meus olhos, completamente assustada.

- O que foi? - Ally me olhou preocupada e eu olhei para ela, fechei meus punhos com força e senti minhas unhas se cravarem em minha mão.

- O que ta voltando? - ela perguntou confusa.

Olhei para o lado e percebi que ela já havia estacionado em frente ao hotel.

- Eles estão voltando, pior do que antes. Meus demônios, meus pensamentos suicidas, estão voltando - falei e antes que eu pudesse pensar duas vezes ela me puxou para um abraço. Um abraço cheio de amor, carinho, o tipo de abraço que eu mais precisava agora.

- Mila fica calma, eu vou te ajudar. Eu não vou deixar que você fique mal novamente - ela sussurrou em meu ouvido e eu a apertei com força - Vamos descer, você precisa se acalmar - ela falou me soltando e eu assenti. Desci do carro e logo Ally veio até mim, ela me abraçou e nós entramos no hotel, indo direto para seu quarto. Assim que chegamos ela abriu a porta e me guiou até o sofá - Agora você vai me contar tudo o que está acontecendo, sem me esconder nada - ela falou me entregando um pouco de água e eu assenti.

Contei a ela tudo o que estava acontecendo, nos mínimos detalhes. Desde minhas recaídas lá nos Estados Unidos até a briga que eu tive com a minha mãe hoje mais cedo.

- Mila você sabe que isso é errado. Você tem que arrumar um jeito de descontar toda a sua raiva em alguma outra coisa, na música, por exemplo - ela falou enquanto mexia em meus cabelos.

- Eu não consigo tocar quando eu estou assim, só o que me alivia é isso - falei e ela suspirou.

- E o que você acha de retomar as aulas de boxe? - ela perguntou e eu pensei por um tempo, até que é uma boa ideia.

- Acho que isso poderia ajudar, eu posso descontar toda a minha raiva e faço alguma coisa que eu gosto - falei e ela assentiu sorrindo.

- Ótimo! Você vai começar agora mesmo, chega de chorar. Vamos animar - ela falou levantando e eu ri de sua animação. Levantei-me junto com ela e saímos de seu quarto, fomos caminhando mesmo, já que não era muito longe dali - E os preparativos para amanhã? - ela perguntou e eu fiz uma careta.

Can You Be My Nightingale - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora