En mi mundo.

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¿Ahora, sabes qué?

Agora, sabes que?  

Yo no entiendo lo que pasa.

Eu não o que se passa.  

Sin embargo sé.

No entanto sei.

Nunca hay tiempo para nada.

Nunca há tempo para nada.

Meu nome é Violetta Castilho, tenho 16 anos, e estou voltando pra Buenos Aires. A uns dois anos meu pai, o renomado Engenheiro German Castilho, decidiu que deveríamos morar um tempo em Madrid, lá eu era meio que uma princesinha presa em seu castelo. Era de casa pra escola, da escola pra casa, e nunca sozinha, sempre acompanhada do assistente e fiel amigo do meu pai, Ramalho.

- Ta ansiosa, filha?

- Claro, papai.

- Vai voltar a estudar na escola onde estudava, quando pequena, sabe disso né?!

- Sei sim pai. Mas diga que vai me deixar ir e voltar sozinha, por favor, papai! Não sou mais um bebê. Não preciso que o Ramalho fique me levando e buscando.

- Discutiremos isso depois, Violetta.

Meu pai é sempre assim, não entende que cresci, e que tenho que viver a minha própria vida.

"Atenção senhores passageiros, chegamos ao destino, Buenos Aires, por favor apertem os cintos para o pouso."

Descemos do avião e fomos pegar as nossas bagagens, Ramalho estava nos esperando com o carro, na entrada do aeroporto.

- German.

- Como vai, Ramalho?

- Eu vou muito bem, e você como vai? Ah, olá Violetta! Como está? Como você cresceu.

- Oi, Ramalho.

- Melhor irmos que a Olga está ansiosa para ver a Violetta, ela preparou o seu bolo favorito.

Fomos para casa, o caminho não era muito longo, então foi rápido. Chegando já dava pra sentir aquele cheiro de bolo de chocolate, vindo da cozinha.

- Pequenina!

- Olga!

Olga é governanta da casa desde que eu era pequena, me viu crescer, e me trata como filha.

- E eu não ganho um abraço?

- Mas é claro, meu senhor.

Ver Olga empolgada daquela maneira fazia eu me sentir em casa, e era tudo que eu precisava naquele momento, me sentir em casa...

- Vou para o meu quarto, papai.

- Mas, minha pequenina, você não quer comer o bolo?

- Claro Olga, vou trocar de roupa e desfazer a mala e depois eu desço, não demoro ta?!

- Tudo bem, minha linda.

Meu quarto estava do jeitinho que havia deixado. As paredes eram lilás e os móveis brancos. Era bom estar em casa! No criado mudo tinha um porta retrato com a foto da minha falecida mãe... Eu sentia muita falta dela, muita falta mesmo.

- Toc toc, posso entrar?

- Angie, claro, entra!

- Como está, meu amor? Como foi a viagem?

- Foi muito bem, aí, eu estava com tanta saudade!

- Eu também!

Angie é minha tia, irmã da minha mãe, e é como uma segunda mãe pra mim.

- Está pronta para o seu primeiro dia de aula, amanhã?

- Estou com medo.

- Não precisa ter medo, você vai bem, vai ver.

- Acha que o meu pai vai me deixar ir sozinha?

- Não, ele não vai.

- Mas, Angie.

- Não quer nem saber quem vai te levar?

- O Ramalho.

- Não, eu mesma.

- Ah, serio?

- Sim.

Abracei ela, com ela eu tinha liberdade de ser quem sou.

Um novo sonho - Season IOnde histórias criam vida. Descubra agora