Um por todos, todos por um.

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If you need me in a heartbeat, just say so

Se precisar de mim num piscar de olhos, é só dizer

You can count on me, count on me

Você pode contar comigo, conte comigo

A festa na garagem do Leon acabou bem tarde, porém meu pai não se importou, desde que Leon ou Federico me deixassem em casa.
- O que achou da proposta do Antônio? - Leon tocou no assunto assim que iniciamos o caminho até minha casa.
- Eu acho uma boa, mas se todos forem, assim vai ser melhor né?!
- É.
- Tem alguma coisa te preocupando não é? O que foi?
- Eu não sei como vou conseguir conciliar tudo.
- Tudo o que?
- Escola, Studio e o Motocross.
- Bom, mas nesse caso a Lara também vai ter que conciliar tudo, e como um depende do outro pra trabalhar, vocês podem dar um jeito juntos.
- É, até que não é má idéia.
- Eu sempre tenho boas idéias.
- Você é uma convencida. - Ele soltou minha mão e passou o braço em torno de meu pescoço, me aproximando dele.
- Tem mais alguma coisa te incomodando, né?
- Porque acha isso?
- Ah Leon, estamos a quanto tempo juntos mesmo? Seis meses? Já deu tempo o suficiente pra mim te conhecer.
- Verdade!
- Então, me conta! O que mais ta te incomodando?
- Jerry, Alex, Ludmila, Tomás.
- Espera, você disse Ludmilla?
- É. - Ele deu de ombros, como se não fosse nada.
- O que tem a Ludmilla?
- Ela não te contou?
- O que?
- A mãe dela ta fazendo de tudo pra afastar ela do Federico.
- E porque?
- Porque é a Priscila meu amor. Ela é a pior pessoa do mundo, e parece não querer nunca ver a Ludmilla feliz.
- Porque uma mãe faria isso com a própria filha? Nossa!
- Eu tento entender isso desde que somos crianças, mas nunca consegui...
- E não podemos fazer nada pra ajudar?
- Poder até podemos, mas vai ser complicado.
- O que?
- A Priscila proibiu o namoro tem  tempo já, tanto que eles se evitaram ao máximo hoje.
- É, eu reparei.
- Ludmilla quis continuar o namoro escondido da Priscila, e Federico acabou concordando por falta de opção. Mas as aulas acabaram, e os ensaios também, então não tem como eles se verem sempre.
- Então o que podemos fazer pra ajudar, é arrumar um jeito deles se verem?
- Mais ou menos por ai.
- Vou pensar em algo.
- O pessoal ta querendo ir pro Studio amanhã, o que acha?
- No sábado?
- O Antônio disse que lá funciona de sábado.
- Bom, pode ser então!
- Ah, que droga!
- O que foi? - Leon olhava fixamente pra frente com uma expressão de raiva, ele tirou o braço do meu pescoço e segurou minha mão com força enquanto caminhava depressa até a frente da minha casa.
- O que você quer aqui?
- Vim falar com a Violetta, então cai fora!
- Eu não tenho nada pra falar com você, Tomás!
- Mas eu tenho!
- Não me importa! Vai embora.
- Você ouviu ela, vai embora, cara!
- Fica na sua, León. - Senti Leon apertar minha mão e se segurar para não avançar em Tomás.
- Vai embora, Tomás! - Eles começaram e elevar a voz e me preocupei, se meu pai ouvisse aquilo, não ia acabar bem.
- O assunto é entre eu e a Vilu.
- Violetta pra você. - Me intrometi.
- Cai fora, Tomás! Você não tem nada o que fazer aqui, nem aqui em Buenos Aires e muito menos nessa casa. Você teve sua chance e desperdiçou. Perdeu a Violetta. Agora ela é minha namorada, e já deixou claro que não quer te ver, então vaza!
- Ta legal... - Tomás se virou e em um gesto rápido, deu um soco na cara de Leon, o empurrando pra trás, e fazendo com que ele apertasse minha mão de tanta raiva na hora.
- Eu só não te devolvo o soco, porque não vou me sujar com tão pouco.
- Ta com medo, Leon? - Naquele mesmo instante vi alguém virar Tomás e acerta-lo com um soco o fazendo cair.
- O Leon não devolve, mas eu sim! - Diego falava com raiva e mexendo a mão, demonstrando que o soco foi forte e o incomodou.
- Nunca mais encosta um dedo no Leon e muito menos na Violetta! - Federico se manifestou falando no mesmo tom de Diego.
- Vocês vão se arrepender disso tudo!
- Tomás levantou e foi embora.
- Valeu, Diego.
- Você ta bem, cara? - Federico perguntou e Diego apenas acentiu.
- Meu amor, vamos entrar pra ver isso! Não quero nem imaginar se você chegar em casa assim. - Tomas havia machucado o canto da boca de Leon, que aceitou entrar pra limpar aquilo, e os meninos nos acompanharam.
- E ele não falou o que queria? - Diego falava, ainda mexendo a mão, aparentemente havia machucado.
- Não, mas deve ser bobagem. - Leon falou expressando a raiva.
- Provável.

Um novo sonho - Season IOnde histórias criam vida. Descubra agora