Prólogo

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- Sabia que você deveria sair mais vezes? - Diane comenta de repente assustando-me.

- Eu estou bem, sabia?

- Sério? Não parece - Ela revira os olhos. - você tem aquele ciclo vicioso. Casa, trabalho, trabalho, casa.

- E estou muito bem assim. - Retruco.

- Ah qual é?! - Ela bufa - Você não tem vida social.

- Diane - Suspiro largando minha caneta sobre o balcão - Eu tenho uma loja de roupas, tenho que administrá-la, para ter meu sustento. - Ela ergue as sobrancelhas em minha direção. - E eu tenho uma vida social. Eu tenho que interagir com todos, não tenho?

- Isso não é vida social. É ser educada por obrigação.

- Tanto faz. - Dou de ombros.

- Como você é chata, Ellie. - Diane choraminga - Há quanto tempo você não tem uma boa foda?

- Diane! - Engasgo surpresa.

A morena sorri e da de ombros, seus cotovelos apoiados no balcão alto do caixa.

- Vai dizer que não é? Uma foda boa e você vai ficar calminha.

Olho para os lados verificando se algum cliente não estava ouvindo a conversa e estreito o olhar em sua direção.

- Você deveria ter algum pudor, sabia?

- E eu tenho. - Diane faz sua melhor cara de inocente - Mas estou preocupada com você. Qual é Elizabeth, você está no auge da vida.

- Diane... Vá atender os clientes. - Esquivo do assunto.

- Viu, se você saísse para curtir e trepar um pouco, seu humor seria melhor.

- Meu pai amado - Balanço a cabeça para os lados. - Como você fala besteiras.

- É a pura verdade. - Diane retruca. - Não vê como sou alegre?

- Por favor, Diane! - Exclamo jogando a cabeça para trás. - Eu não quero saber da sua vida particular com o King.

- Está bem, está bem! - Ela ergue as mãos para cima e se afasta do balcão. - Prometo tentar não falar besteiras por algum tempo.

- Isso seria bom, mas suas promessas sobre isso são falhas. - Falo levantando-me da cadeira e saio detrás do balcão.

Ando até estar lado a lado com Diane e observo o movimento constante de clientes na loja, algumas mulheres selecionavam algumas roupas cuidadosamente e deixavam-nas com as vendedoras.

- Você não deveria estar atendendo as clientes? - Olho para Diane.

- Deveria, mas estou na pausa pro café da tarde - Ela da de ombros. - Vamos juntas?

- Adoraria, mas vou deixar as coisas para você resolver e vou para casa.

- Adoro ser gerente - Diane comenta risonha. - tenho todo poder nas minhas mãos.

- Você é problemática. - Reviro os olhos e me debruço sobre o balcão pescando minha bolsa de perto do Notebook - Até amanhã.

- Vá curtir sua vida garota! - Ela exclama quando ando entre as clientes.

★★★

- Lar doce lar.

Giro a chave no miolo da maçaneta de cristal e empurro a porta com um número 31 preso em seu topo, a sala escura fazia tudo extremamente solitário, como realmente são.

- Acho que eu deveria ter um gato. - Murmuro sozinha e tranco a porta enquanto tiro os sufocantes sapatos de salto alto que machucam meu calcanhar.

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora