Revelações as 4 da manhã

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O silêncio confortável no carro se rompe quando Meliodas começa a cantarolar uma música suave e eu bocejo cansada olhando o movimento dos carros na autoestrada.

- Aí - Resmungo atraindo a atenção dele.

- O que foi? - Meliodas pergunta alarmado.

- Ela chutou - Respondo e passo os dedos no lado esquerdo da minha barriga e a movimentação do menino no lado direito se torna mais intensa. - E ele está se mexendo.

- Você sabe quem é quem? - Meliodas me olha brevemente.

- Gowther fez um outro ultrassom morfológico para ter certeza que eles estão bem - Respondo - E ele especificou qual é a menina e quem é o menino.

Meliodas sorri concordando.

- Eles estão bem?

- Sim, saudáveis e bem desenvolvidos.

Ele balança a cabeça assentindo e eu suspiro.

- Eles gostam da sua voz - Digo - Mal se mexeram quando eu estava internada, eles também sentiram sua falta.

Meliodas respira fundo e troca a marcha do carro.

- Eu não queria ficar longe de você - Ele resmunga e eu dou de ombros.

- Isso já passou - Falo baixinho e olho para ele - Devemos nos concentrar no agora.

Ele balança a cabeça concordando e eu olho para minha barriga.

- Acho que já devemos pensar em nomes para eles - Murmuro - O que acha?

- Perfeito - Ele sorri - Já pensou no nome para a menina?

- Uhn... O que acha de Alice?

                      ★★★

- Alice? - Meliodas repete e sorri - Ótimo nome.

Sorrio concordando e acaricio minha barriga.

- E o menino? - Questiono.

- Uhn - Ele suspira e batuca os dedos no volante - Eu pensei em vários nomes, então é difícil pensar em um que eu goste mais.

- Qual você acha melhor? - Estico meu braço e passo meus dedos por seus cabelos macios.

- Uhn, gosto de Nicolas - Ele me olha rapidamente - O que acha?

Mantenho-me quieta por alguns segundos e em seguida sorrio abertamente.

- Perfeito - Respondo - Nicolas e Alice.

Meliodas também sorri e eu continuo fazendo carinho em seus cabelos enquanto olho para a estrada, ao longe vejo um restaurante e sinto meu estômago arder de fome.

- Eu estou com fome - Digo de repente - Vamos parar para jantar?

O loiro concorda e muda de faixa na estrada, o celular dele começa a tocar e Meliodas resmunga.

- O que foi? - Pergunto - Onde seu celular está?

- No bolso da minha calça - Ele grunhe e eu solto meu cinto, inclino-me para resgatar o celular no bolso da frente do jeans dele - Elizabeth! - Meliodas exclama - Você sabe que meu celular não está aí.

- Desculpe - Rio e puxo o aparelho do bolso dele e atendo a ligação.

- Vai parar o carro? - Estarossa pergunta.

- Elizabeth está com fome - Meliodas responde - Vamos parar para jantar.

- Esfomeada - Estarossa murmura e eu ofendida olho para a tela do celular.

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora