Surpresa - parte 1

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- H-hey! - Verônica grita no meio da pista de dança - O-onde está o stripper?

- O quê? - Questiono quando o olhar de todas as mulheres presentes alí recaem sobre mim.

- É o dever da madrinha contratar o stripper - Merlin para ao meu lado - Mas parece que não fez isso.

- A gente dá um jeito! - Diane exclama embriagada e puxa do bolso algumas cédulas e empurra  para Escanor - E aí gostosão...

- Hum - ele parece perdido - Isso não está nos meus planos.

- Por favorzinho.... - Merlin se debruça no balcão e automaticamente o olhar do barman caí sobre o decote dela.

- Tudo bem - ele engole em seco e as outras presentes gritam em êxtase.

 Vai ser uma noite longa.

                     ★★★

Bufo e reviro meus olhos devido a euforia de algumas mulheres presentes já que Escanor parece um pouco perdido no meio de tantas mulheres afoitas para vê-lo tirar suas roupas. 

Desço do banquinho onde havia me sentado e dou a volta entrando na área de serviço do barman, observo entretida a variedade assustadoras de bebidas alcoólicas que eu nem sabia existir, dedilho meus dedos por algumas garrafas de vidro com detalhes.

Ergo meus olhos ao ouvir os gritos histéricos, apenas porque Escanor havia desabotoado os primeiros botões de sua camisa social preta expondo um pouco da pele dourada. Diane parece estar prestes a morrer enquanto se abana e grita coisas ininteligíveis junto de elogios um tanto quanto obscenos.

Apóio meus cotovelos no balcão enquanto assisto o show que o barman está se empenhando em fazer. Ruborizo e desvio o olhar quando Escanor finalmente se livra da camisa que agarrava em seu bíceps tríceps e toda a porrada de músculos exaltados em seu dorso.

Meliodas não ficaria contente em saber que o barman que deveria estar tomando conta das mulheres está na verdade levando-as ao delírio expondo seu físico.

E que físico.

- Elizabeth! - Repreendi-me baixinho ao desviar o olhar para a taça de suco à minha frente.

Noto que minha carteira trepida sobre o mármore e a puxo para perto de mim resgatando meu celular de dentro de um dos compartimentos dela, porém não a tempo suficiente para atender a ligação que se encerra, desbloqueio o aparelho deslizando o dedo sobre a tela sensível e um lembrete que uma ligação não foi atendida surge junto da foto do loiro sorridente.

Novamente meu celular vibra e eu atendo a ligação de primeira, virando-me de costas para a afobação das mulheres.

- Alô? 

- Só queria confirmar que você está realmente bem.

Sorrio e deixo meu corpo se apoiar no balcão mais baixo.

Nós três estamos bem - Afirmo - E como estão as coisas por aí?

- Ah - Meliodas ri sonoramente - Já estão quase todos bêbados.

- Aqui também.

Só para te deixar tranquila - Meliodas usa um tom brincalhão - Não há nenhuma mulher dançando semi-nua aqui, apenas Hawser que está abraçado a uma pilastra enquanto choraminga que sua vida está triste.

Gargalho ao terminar de ouvir seu relato e deslizo minha mão para meu abdômen inferior ajudando a sustentar o peso do meu ventre. 

- Aqui está tudo perfeitamente be...

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora