Especial - parte 1

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Sentindo-me mais cansado do que quando me deitei para dormir, bocejo e me sento na cama esfregando meus olhos que ardem de sono e também pelo excesso de claridade que entra pela janela aperta e as cortinas afastadas. Tento manter os olhos abertos, mas resmungo e me jogo de costas na cama e em seguida rolo de bruços e abraço meu travesseiro, os últimos raios do pôr-do-sol esquentam minha pele e depois some dando início à noite, a hora perfeita para um cochilo.

Depois de parecer ter se passado poucos minutos, meu celular começa a tocar como um louco e sem abrir meus olhos para não dispersar o sono, tateio o lado vazio da cama e encontro-o quase caindo do colchão, a música da banda Rammstein me irritando lentamente e sou obrigado a desgrudar minhas pálpebras para conseguir deslizar o dedo sobre a tela do celular e coloco o aparelho contra minha orelha.

- Quê? - Resmungo e limpo a garganta para que minha voz não saia tão rouca.

- Onde você está, Meliodas?

- Arthur? - questiono grogue e tombo a cabeça no travesseiro macio novamente.

- Não, o papa. Lógico que sou eu!

- Não grite seu maldito estúpido - reclamo ácido.

- Não me diga que você ainda estava dormindo? 

- Estava - bocejo e fecho os olhos novamente rolando na cama - Qual o problema?

- Qual o problema?! - Arthur pergunta e sua voz saí esganiçada - Cara já é onze e meia!

- O quê? - abro os olhos e me surpreendo ao ver o céu estrelado - Porcaria! 

Chuto as cobertas para longe das minhas pernas e pulo da cama apressadamente.

- Logo chego aí.

- É bom mesmo, cara.

Reviro os olhos e encerro a ligação jogando meu celular sobre a cama bagunçada e tiro minha camisa. Assim que abro a porta do quarto Hawk late e pula em minhas pernas quase me desequilibrando.

- Cachorro estúpido! - reclamo  pulando por cima dele e desço as escadas correndo para por ração em seu pote, ele me segue latindo como se desse uma bronca e só para quando coloco uma porção maior de ração.

Volto para correndo para meu quarto e tiro o restante das​ minhas roupas antes de correr para o banheiro e abir o chuveiro regulando-o na temperatura agradável.

Depois de alguns minutos desligo o chuveiro e enrolo uma toalha no meu quadril, saindo do banheiro às pressas vou para meu closet e visto as primeiras peças de roupa que vejo na minha frente. Bagunço meus cabelos e desta vez saio do cômodo sem ter a pressa sufocante e tranquilamente desço as escadas e pego as chaves do carro no balcão da cozinha andando até a garagem destravo o alarme e entro no carro e dirijo em direção a boate.

                     ~★~

- Achei que não ia vir - Arthur me recebe de braços cruzados assim que entro no meu escritório.

Arqueio as sobrancelhas em sua direção e encosto a porta balançando a cabeça em negação.

- Pare de agir como uma vadia, Arthur.

- O quê?! - ele me olha olha chocado - Eu não ajo como uma vadia!

Jogo a cabeça para trás e respiro fundo.

Deus dê-me paciência.

- Quem é que me ligou exigindo que eu viesse? 

Arthur abre a boca para retrucar porém desiste e seu rosto se transforma em uma carranca.

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora