Sentindo-me mais cansado do que quando me deitei para dormir, bocejo e me sento na cama esfregando meus olhos que ardem de sono e também pelo excesso de claridade que entra pela janela aperta e as cortinas afastadas. Tento manter os olhos abertos, mas resmungo e me jogo de costas na cama e em seguida rolo de bruços e abraço meu travesseiro, os últimos raios do pôr-do-sol esquentam minha pele e depois some dando início à noite, a hora perfeita para um cochilo.
Depois de parecer ter se passado poucos minutos, meu celular começa a tocar como um louco e sem abrir meus olhos para não dispersar o sono, tateio o lado vazio da cama e encontro-o quase caindo do colchão, a música da banda Rammstein me irritando lentamente e sou obrigado a desgrudar minhas pálpebras para conseguir deslizar o dedo sobre a tela do celular e coloco o aparelho contra minha orelha.
- Quê? - Resmungo e limpo a garganta para que minha voz não saia tão rouca.
- Onde você está, Meliodas?
- Arthur? - questiono grogue e tombo a cabeça no travesseiro macio novamente.
- Não, o papa. Lógico que sou eu!
- Não grite seu maldito estúpido - reclamo ácido.
- Não me diga que você ainda estava dormindo?
- Estava - bocejo e fecho os olhos novamente rolando na cama - Qual o problema?
- Qual o problema?! - Arthur pergunta e sua voz saí esganiçada - Cara já é onze e meia!
- O quê? - abro os olhos e me surpreendo ao ver o céu estrelado - Porcaria!
Chuto as cobertas para longe das minhas pernas e pulo da cama apressadamente.
- Logo chego aí.
- É bom mesmo, cara.
Reviro os olhos e encerro a ligação jogando meu celular sobre a cama bagunçada e tiro minha camisa. Assim que abro a porta do quarto Hawk late e pula em minhas pernas quase me desequilibrando.
- Cachorro estúpido! - reclamo pulando por cima dele e desço as escadas correndo para por ração em seu pote, ele me segue latindo como se desse uma bronca e só para quando coloco uma porção maior de ração.
Volto para correndo para meu quarto e tiro o restante das minhas roupas antes de correr para o banheiro e abir o chuveiro regulando-o na temperatura agradável.
Depois de alguns minutos desligo o chuveiro e enrolo uma toalha no meu quadril, saindo do banheiro às pressas vou para meu closet e visto as primeiras peças de roupa que vejo na minha frente. Bagunço meus cabelos e desta vez saio do cômodo sem ter a pressa sufocante e tranquilamente desço as escadas e pego as chaves do carro no balcão da cozinha andando até a garagem destravo o alarme e entro no carro e dirijo em direção a boate.
~★~
- Achei que não ia vir - Arthur me recebe de braços cruzados assim que entro no meu escritório.
Arqueio as sobrancelhas em sua direção e encosto a porta balançando a cabeça em negação.
- Pare de agir como uma vadia, Arthur.
- O quê?! - ele me olha olha chocado - Eu não ajo como uma vadia!
Jogo a cabeça para trás e respiro fundo.
Deus dê-me paciência.
- Quem é que me ligou exigindo que eu viesse?
Arthur abre a boca para retrucar porém desiste e seu rosto se transforma em uma carranca.
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Uma ressaca de nove meses
Fanfiction- Vamos Elizabeth - Diane segurou minha mão e olhou-me com carinha de choro. - É só uma balada. - Eu não quero ir, Diane - Resmungo - Eu não gosto de festas, nem de barulhos ensurdecedores. - Não é barulho. É música - Diane revira os olhos. - É uma...