Nas garras de um demônio - Parte 2

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- Você sabe que meu pai provavelmente está te caçando  - Digo - Ele é o delegado de Liones e não vai sossegar até me encontrar.

- Você está me ameaçando? - Sua voz se altera e eu prendo a respiração assustada - Eu tenho poder para matar sua família toda e passar como um acidente.

Engulo em seco com sua ameaça e prendo um grito sufocado quando ele se inclina e seu rosto fica a centímetros do meu.

- Não pense que por você estar grávida eu terei pena de te matar se for necessário.

Seus olhos brilham de uma forma estranha e então percebo que estou correndo um perigo real e que não tenho ninguém para me defender. Abaixo o olhar do seu e ele ri deslizando sua mão em minha cintura e para no meu quadril.

- Meliodas tem uma puta muito gostosa - Ele praticamente ronrona e eu afasto sua mão do meu corpo com um tapa.

- Não me toque - Rosno.

Eu estou nas garras de um demônio

                      ★★★

rei se afasta rindo da minha pequena ameaça e somente quando ele se vira de costas para mim que consigo respirar fundo para me acalmar. 

Maldita seja a hora que eu decidi sair de casa.

- Soube que Meliodas organizou uma festa para saber o sexo dos gêmeos - Ele me olha por cima cima do ombro - Fiquei decepcionado quando não recebi o convite.

- Ele odeia você - Chio - Meliodas quer que você fique longe de tudo aquilo que é dele.

- Ah é - Ele concorda e se vira, caminhando até onde estou travada no lugar - Mas que ironia, eu estou com três coisas preciosas para ele. A vadia e de bônus os gêmeos.

Meu coração falha uma batida e eu tenho o ímpeto de proteger meu ventre.

- Meliodas está vindo me buscar - Afirmo mesmo com um mundo de incertezas rondando minha cabeça - E ele vai matar você.

Ele gargalha alto e se.curva me olhando com seriedade.

- Meu filho será submisso as minhas ordens quando ver que eu estou com a vadiazinha dele.

Mordo meu lábio inferior até sentir a dor de um quase corte e olho furiosa para ele.

- Meliodas não recebe ordens de ninguém - Retruco.

- Isso é o que veremos - Ele responde e segura meu braço, puxando-me para longe da porta.

Meus planos de tentar escapar da sala vão por água à baixo e lentamente começo a entrar em pânico.

- Eu nunca pensei que seria tão fácil sequestrar você - O rei comenta - Achei que Meliodas e os meus outros filhos estariam fazendo sua segurança.

- E eles estavam - Rosno - Mas achávamos que você tinha sossegado depois daquele encontro com ele.

- Eu não vou sossegar enquanto não ter meu filho do meu lado comandando tudo o que eu tenho.

- Como pode ter certeza que ele aceitará comandar seu império? - Falo a última palavra com indiferença e ele arqueia as sobrancelhas.

- Simples assim...

Ele caminha em direção a um armário de mogno e puxa umas das gavetas, tranquilamente ele mexe em alguma coisa lá dentro e eu fico confusa tentando descobrir o que é. Porém sinto meu sangue gelar nas veias e em seguida ele circula com mais força ainda, deixando-me surda por alguns segundos.

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora