Obrigado, Elizabeth

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- Mamãe, mamãe! 

Ao ouvir o chamado, viro-me para observar Nicolas que corre em minha direção completamente afobado, esmagando as pequenas florezinhas em seu caminho, ele gargalha alto quando, sem querer, escorrega e quase caí ouvindo os avisos altos de Meliodas para que ele pare de correr.

Sorrio e me agacho assim que o pequeno menininho de apenas 4 anos se aproxima de mim, ofegante e sorrindo abertamente.

- O que foi querido, uhm? - Empurro o cabelo prateado que colava em sua testa para trás.

Nicolas, ansioso, olha por cima do ombro e encara Meliodas que caminha tranquilamente em nossa direção, com Alice em seu colo, o vestido rosa esvoaçando assim como o cabelo tão dourado quanto o do pai, que sorri de forma encorajadora para ele.

- Você consegue filho.

O encaro confusa, porém sorrio assim que Nicolas puxa de traz de suas costas algumas flores colhidas no campo.

- Pra você, mamãe.

- Obrigada meu amor.

Seguro o pequeno buquê que ele estende em minha direção e sorrio quando as bochechas brancas ficam vermelhinhas.

- Fica comigo pra sempe mamãe? 

- Para todo o sempre.

Enrosco meu mindinho ao seu e ele gargalha alto.

- A mamãe é minha papai!

- Nós vamos ter que rever isso, Nicolas - Meliodas diz em tom brincalhão - Sua mãe é só minha.

- Ela é minha papai! - Alice faz bico choroso e deita a cabeça no ombro dele.

- Claro princesa, ela é nossa.

                          ★★★

Acordo assustada ao ouvir um choro alto e respiro fundo, me sentindo um tanto desorientada por ter acabado de acordar.

Deitada de bruços estico o braço e tateio o lado esquerdo da cama, a procura de Meliodas e quando não o encontro levanto a cabeça para verificar o horário.

Uma e meia da manhã, suspiro alto e rolo no colchão macio, pronta para ir ver o que os gêmeos precisam. Me surpreendo com Meliodas parado em frente ao berço, trajando apenas uma calça de moletom preta e uma toalha sobre os ombros, com facilidade ele pega as crianças e respira fundo balançando-os no colo.

- Meliodas...

Ele arregala os olhos e se vira rapidamente para me olhar, exibindo uma expressão culpada.

- Desculpe, não queria te acordar.

Dou de ombros e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo baixo, me preparando para dar de mamar aos gêmeos.

- Me dê eles aqui. - Murmuro.

                         ★★

Exatamente uma hora depois, consigo voltar a deitar, após dar de mamar, trocar as fraldas e fazê-los arrotar com a ajuda de Meliodas. Com cuidado puxo meu travesseiro mais perto ao do loiro e arrumo Nicolas e Alice entre nós, de forma que fiquem seguros, Meliodas sorri e segura minha mão fazendo carinho do torso dela.

Assim como eu, ele observa o sono dos gêmeos de forma satisfeita e sorri fraco antes de me lançar uma piscadela seguida de um beijinho.

- Eu te amo. - Murmuro.

Uma ressaca de nove mesesOnde histórias criam vida. Descubra agora