- CORREIO- gritou o edimenho.
Pelos canos transparentes ligados às caixas de vidro, deslizavam diversos envelopes. Os três correram para apanhar a correspondência. Etiel, que ouvira o grito de Sima, saiu de seu quarto e voou até a sala.
- Exibido- brincou Daiv.
- Veja, as sociedades vão começar mais tarde este ano- falou Sima.
- O que é a sociedade?- perguntou Zeck sentado no châo com um monte de envelopes no colo- vimos dois espaços separados para ela no quadro de horários.
- Não é UMA sociedade- corrigiu Etiel- são AS sociedades. Simplesmente grupos que realizam atividades distintas em diversas áreas: Música, Esportes, Literatura, Artesanato... Todos têm que participar de uma ou duas por ano.
Zeck se interessou por aquilo. Principalmente quando Etiel mencionou a orquestra e o coral.
- Ei, galera, o Lince me mandou uma carta- Daiv balançava um envelope pequeno e pardo no ar. Lembrava um cartão de visitas.
- Parece que tem uma pra você também, Zeck- Etiel entregou a ele um envelope semelhante que havia caído no chão. Lá dentro, um bilhete escrito com tinta azul. Zeck leu em voz alta:
Grande Amigo,
Obrigado por fazer parte da minha história. Juntos vamos descobrir o mundo. Te vejo amanhã.
Saudações
Professor Lince
- Ele faz isso todo ano- disse Sima- com certeza é o melhor professor daqui... Bem, acho que deu pra perceber isto, hoje de manhã, né?
- Sem falar nas festas que ele promove- acrescentou Etiel - simplesmente fantásticas.
- E as aulas então...- continuou Sima.
Por um bom tempo ele e Etiel ficaram fazendo a propaganda do professor Lince. No fim, Zeck e Daiv, estavam ansiosíssimos para encontrá-lo de manhã na aula de História Universal. Pouco depois Etiel e Sima se despediram dos colegas e foram prara seus quartos para dormir, algo que eles faziam duas ou três vezes por semana.
Daiv ficou com Zeck até tarde até de manhã. Conversaram sobre o dia e sobre as aulas. Zeck contou ao amigo sobre seu trabalho e Daiv fez de tudo para convencê-lo a trocarem de função. Por fim, Zeck ainda o ajudou com a tarefa de física e verificaram no holoderno as aulas do dia: Antes da de Lince tinham Exploração, com Aurora. Mal deram-se conta do tempo. As águias já cantavam quando pensaram em ir para o quarto. Lá fora, a noite dava lugar à uma claridade preguiçosa ainda.
A segunda manhã em Édimo começou, como não podia ser diferente, com uma visita ao refeitório para o café da manhã. Ele ficava no final de uma estradinha estreita que serpenteava descendo suavemente entre árvores eretas, em sua maioria de tronco muito fino e folhagem vasta. Saindo da estrada tronco era a do meio. Não haviam casas de alunos por ali, mas os meninos puderam notar alguns ninhos nos ramos e no chão ao lado do caminho, todos eles com ovinhos. Pelo tamanho deles, Zeck supôs serem de aves canoras e Zeck já ficou imaginando o belo coral que eles deviam formar.
Chegaram a um caramachéu de damas- do- dia brancas e lilases, aberto em forma de arco entre uma parede de árvores altas e robustas, muito juntas umas das outras. Sob ele Jangol e Flora recepcionava quem chegava entre muitos "bom dia" e "bem-vindos".
Se viram dentro de um salão retangular e vasto com largas janelas do chão ao teto. Do lado oposto de onde estavam havia somente mais uma entrada de onde saíram dois meninos usando jaleco branco, cada um com uma bandeja cheia de canecos bem talhados em madeira nobre e pintada de verde e ouro, com o estandarte do bosque desenhado dos dois lados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
BIBLION
FantasyQuando se tem 15 anos em Allakelion, nada pode dar errado. Quando se é adolescente em Vernom, o melhor sempre está por vir... ...a não ser que você seja Haizeck e comemore o momento mais importante de sua vida na noite em que as sete luas se alinh...