Apenas uma gentileza.

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|Narração Vivian|

— Enfim, deixa ela ir pra farmácia Luan, vem comigo, Karina e Jordan estão com frio.
— Vai você com eles, eu vou com a Vivian no meu carro e depois passo aonde vocês estiverem. — ele deu de ombros ainda abraçado em mim.
— Tá bem. — Bruna bufou. — Se você não for considere-se um homem morto! — apontou o dedo pra ele e saiu bufando.
Engoli em seco e fiquei imóvel tentando entender o que foi que aconteceu aqui.
— Vamos? — propôs olhando para mim.
— Você está falando sério? Achei que só quisesse se livrar da mulher, não precisa me levar.
— Eu queria, e quero te levar embora também, você foi assaltada Vivian! — disse alarmado.
— Eu sei, mas estou bem... Tenho que voltar em casa pegar dinheiro, ele levou tudo o que eu tinha.
— Eu te empresto o dinheiro que você precisar, te levo na farmácia e depois te deixo em casa, relaxa, sou seu chefe e não um psicopata. — riu mais sóbrio.
— Por isso mesmo, você não é um psicopata, mas eu posso ser. — arqueei uma sobrancelha e andei. Ele só pode estar brincando comigo.
— Vem comigo Vivian, as ruas de San Francisco são perigosas de noite... — insistiu segurando minha mão e eu senti uma coisa estranha dentro de mim. Seu toque, sua mão.
— Tá, tá bem. — suspirei.
— Meu carro está logo ali na frente. — apontou para uma Mercedes-Benz preta.
Eu não pude esconder meu espanto para aquela carro chique. Ele apertou seu controle e logo ouvi o barulho do alarme, senti sua respiração atrás de mim e ele abriu a porta como um verdades cavaleiro.
— Obrigada! — sorri entrando. Tinha seu cheiro ali dentro, sem falar que era impecável. Eu tinha até dó de entrar em um carro desses, tão limpo e chique.
— E então, tem preferência de alguma farmácia? — perguntou ligando o carro e então eu fui tirada do meu transe sobre aquele carro perfeito.
— Ah, não... — suspirei. — Qualquer uma aqui perto, afinal o que mais tem em San Francisco são farmácias. — debochei colocando os cintos.
— Concordo. — riu dando partida e eu engoli em seco.
Estou no carro do meu chefe, com ele do meu lado um pouco bêbado, fui assaltada e preciso comprar o remédio para Otávio. É, a vida é surpreendente.

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