Mística

Garçonete eficiente.

|Narração Vivian|
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Suspirei e sai dali antes que eu me derramasse em lágrimas em sua frente. Não queria que ele soubesse que eu estava invulnerável depois de ver ele feliz com a mulher que ele cogitava não suportar. Às vezes conversávamos e ele me contava o quanto achava sufocante ela correr atrás dele mesmo ele não querendo nada, mas pude ver que talvez ele goste disso, das mulheres nos seus pés.
Vesti meu uniforme e fui até a cozinha começar a preparar tudo para abrirmos o café. Eu já havia pegado o jeito e sempre chegava adiantado para ir adiantando tudo.
— Vivian, já está aqui? — a voz do senhor Amarildo ecoou sobre a cozinha e eu dei um pulo me virando.
— Senhor Amarildo, que bom revê-lo aqui no café... — tentei parecer tranquila.
— Só vim terminar de passar algumas coisas para o Luan e ver como tudo está andando, e pelo que vejo ele fez um bom trabalho aqui, você pegou o jeito do serviço. — olhou ao redor os bolos, os doces, cup cakes e tudo de melhor que servíamos no Café da manhã.
— Pois é, estou me esforçando.
— Você pode me levar uma xícara de café no escritório?
— Sim senhor, eu já levo.
— Muito obrigado Vivian. — sorriu saindo da cozinha e eu respirei fundo.
Meu deus. E eu que pensei que agora estaria no olho da rua, mas me surpreendi com sua atitude. Preparei o Café e quando estava saindo com a bandeja, Amanda e Fabi entraram animadas.
— Amiga, adiantada de novo? — Fabi me olhou surpresa.
— O senhor Amarildo está aí, levarei esse Café pra ele! — sorri.
— Tá bem. — concordou e eu cumprimentei Amanda e ela com um beijo no rosto.
Assim que cheguei na porta do escritório pude ouvir gritos do Luan com seu pai, eles pareciam discutir.
— Eu não quero ela aqui no Café pai, sei lá, indica ela pra uma das lojas de vendas dos seus amigos.
— Não vejo motivos para mandá-la embora, ela pegou o jeito do serviço e quando cheguei já cozinha ela já tinha preparado todos os doces para a vitrine, ela está mostrando serviço e se esforçando, seja lá porque você quer ela fora daqui eu não vou fazer suas vontades, já está igual a sua irmã! — resmungou e eu me recompus. Esperei mais alguns minutos e bati na porta para levar o seu café.