Mística

Um amigo.

|Narração Vivian|
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Eu andava de um lado para outro na calçada apreensiva. Ele não viria até aqui, seria muita loucura! Um carro encostou do meu lado e o vidro abaixou.
— Entra... — sorriu gostoso e eu não segurei meu sorriso também.
Entrei no carro e fiquei em silêncio. No som tocava Imagine Dragons, uma banda que eu adorava. Olhei para o Luan e ele estava absurdamente lindo com o seu perfume que me tirava do sério.
— Você é louco sabia? — falei depois de um tempo em silêncio. Ele riu e me olhou assim que parou no sinal vermelho.
— Eu sabia, mas precisava te ver... E como um cavalheiro não poderia deixar uma bela moça andar sozinha essas horas da noite! — sorriu e eu por um impulsou acabei lhe beijando. Ouvir aquilo me fez ver o homem maravilhoso que estava ali na minha frente.
— Eu não sou boa pra você Luan... — sussurrei.— Lembra do nosso acordo de mais cedo não é? — falei fitando seus olhos negros.
— Lembro, mas quem me ligou foi você... Achei que era na intensão de transar comigo! — sorriu safado e então fomos despertados daquele momento por uma buzina, o sinal estava verde.
— O que vai fazer na farmácia hoje? — perguntou curioso depois de um tempo em silêncio.
— Comprar leite... — falei baixinho que nem sei se ele ouviu.
— Leite? — perguntou confuso semicerrando os olhos.
— Para o meu irmão, ele acordou faminto e havia acabado.
— E você ainda quer me dizer que não é uma boa mulher? Olha o que você faz para o seu pai e seu irmão, isso é um gesto lindo Vivian! — sorriu. Ele estacionou o carro em frente à farmácia e eu suspirei.
— Eu não deveria ter te ligado, fazer você vim até aqui sendo que não vamos transar... Se quiser me deixar eu vou a pé daqui. — me virei para abrir a porta mas ele impediu.
— Para com isso, você interpretou totalmente errado o que eu disse... É claro que não dispensei a possibilidade de transarmos quando me ligou, mas eu sei o quando é difícil pra uma mulher andar essas horas sozinha, não hesite em pedir minha ajuda quando precisar disso... Eu quero ser seu amigo acima de tudo, aqui fora eu não sou seu Chefe, sou seu amigo, amante, parceiro, seja lá como você queira me chamar... — riu e me puxou pela nuca. — Tá bem? — sussurrou.