Mística

Te dou uma carona.

|Narração Luan|
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Vivian permaneceu em silêncio e ergueu seu olhar sobre mim.
— O que você acha? Sua namoradinha fez aquilo de propósito! — disse com um tom de voz um tanto bravo, uma Vivian diferente, nada de doçura ou inocência como eu pensava.
— Me desculpe, Milena acha que vamos ter algo mas... — comecei a falar, mas ela me interrompeu.
— Isso não me interessa, eu só não tenho culpa se ela quer casar com você e se sente ameaçada por qualquer mulher que chega perto de você! — se levantou e saiu da cozinha sem ao menos deixar eu agir.
Os outros funcionários me olhavam confusos, me levantei e trinquei o maxilar.
— Voltem ao trabalho! — falei sério saindo da cozinha e caminhando até a minha sala.
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(...)
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|Narração Vivian|
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Felizmente chegou o fim do dia, eu não aguentava mais ter que fugir do Luan ou da sua irmã que agora estava no meu pé pois cogitava que seu irmão estava caidinho por mim.
Eu estava me trocando no quartinho quando Amanda percebeu que eu estava pensativa.
— Está tudo bem Vivi? — perguntou e eu suspirei.
— Sim, eu só estou exausta. — me sentei sobre o banco que havia ali e ela se sentou ao meu lado.
— Foi por causa da discussão com o Chefe bonitão?
— Como sabe disso? — perguntei boquiaberta.
— O pessoal comenta, eles viram vocês discutindo e falaram que você estava por um fio aqui dentro, mas se quiser eu digo pro Chefe que você é uma ótima garçonete e que não pode te mandar embora! — sorriu.
— Obrigada Amandinha, mas está tudo bem... Só foi por causa da namorada dele que não gostou do meu Cappuccino, mas já passou. — sorri em agradecimento.
— Tá bem, eu vou indo... Não quer uma carona mesmo? — se levantou.
— Não, obrigada. — peguei minha bolsa e me levantei também.
Terminei de guardar meu uniforme e apaguei as luzes dali afinal só sobrou eu. Assim que passei pela cozinha e estava prestes a sair ouvi uma voz atrás de mim.
— Podemos conversar? — Luan pediu e eu me virei com as pernas bambas.
— Eu preciso ir, se não vou perder o ônibus. — neguei com a cabeça. Meu coração dizia pra aceitar, mas minha cabeça dizia que não, Otávio não merece.
— Eu te dou uma carona... — se aproximou parando com as mãos no bolso.