Mística

Saudades da minha família.

|Narração Luan|
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Arrumei minhas roupas no pequeno varal depois de lavadas e peguei uma mochila arrumando umas peças de roupas para ir até a casa dos meus pais.
— Vai sair tio? — Bernardo perguntou enquanto eu carregava a mochila nas costas.
— Vou sim, mais tarde o tio volta tá bem? — beijei sua testa e fui até a cozinha onde Vivian preparava um bolo de chocolate que Bernardo não parava de pedir.
— Aí eu pego o chocolate em pó e coloco duas xícaras... Ok, duas xícaras! — suspirou pegando o chocolate e despejando na vasilha onde estavam todos os ingrediente.
— Eu vou lá nos meus pais... — falei e ela deu um pulo me olhando.
— Aí que susto... — colocou a mão no peito e riu — Tá bem, vai jantar aqui?
— Acho que não, venho por perto das 10h pra gente ir pro Pub! — sorri me aproximando dela.
— Tá bem... — sorriu de canto.
— Está bem mesmo?
— É que eu me acostumei com você todas as noites aqui jantando com a gente.
— Mas então eu volto para o jantar...
— Não, que isso... Você quase nunca vê seus pais, te espero as 10 horas! — sorriu mexendo a massa e eu lhe dei um beijo caloroso.
Dei um beijo na testa de Bernardo novamente e fui rumo ao meu carro para ir na casa dos meus pais. Eu estava com saudades deles mesmo, nos vemos pouco por conta da rotina e do meu apartamento em reformas.
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(...)
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— Cheguei família! — falei entrando e não havia ninguém na sala.
Todos estavam no jardim atrás da casa conversando enquanto tomavam um tererê. O frio ainda não havia chegado em San Francisco, mas estava perto, enquanto isso aproveitávamos o sol que tínhamos.
— Olha quem chegou... — disse minha mãe sorrindo se levantando e vindo até a mim, ela me encheu de beijos.
— Saudades mamusca! — lhe dei uma abraço forte a caminhamos abraçados.
Bruna estava ali com Rafael, cumprimentei os dois. Quando cheguei no meu pai ele mal me olho na cara. Estávamos brigados pelo ocorrido de um ano atrás. Eu amante de uma mulher casada, ela garçonete do café. Depois que o Otávio morreu eu me aproximei ainda mais de Vivian para dar apoio, mas meu pai não gostou. Acabamos brigando e mal nos falamos. Mas não me arrependo, isso é hipocrisia da parte dele.