A noiva não vem...

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|Narração Luan|

Eu estava lá no altar aflito. Eu sei que aquele esquema da noiva atrasar tem que ter, mas ela estava atrasada até demais. Caminhei até os seus pais e eles pareciam não saber de nada.
— Cadê a Mari? — perguntei baixinho tentando manter a calma.
— Não sabemos, não vimos ela o resto da tarde — sua mãe respondeu aflita e eu não sabia mais o que fazer.
Peguei o celular e liguei, desligado. Como assim desligado? Isso era tudo o que eu não precisava agora. Continuei tentando ligar até que vejo uma amiga dela caminhar até a mim.
— A Mari pediu que eu te entregasse isso... — sorriu de canto e me entregou uma carta.
"Oi Luan! Nesse instante você deve estar no altar me esperando... Eu sei. Bom, só queria dizer que eu não vou chegar. Nesse momento eu já devo estar a caminho de Cancún com Marcelo, aquele empresário ricaço dono de umas das maiores empresas de construção de San Francisco. Ele é um pouco velho pra mim, mas tem uma conta bancária que me agrada muito. Já você, bom, a única coisa boa que você me oferece além da sua foda é nada. Aquelas joias que você me dava nos nossos aniversários de namoro eu vendia tudo. No começo do nosso namoro eu achava que te amava e que você poderia ser o amor da minha vida, mantive o nosso namoro todo esse tempo porque achei realmente que você poderia me proporcionar uma vida de luxos, mas todos sabemos que não. Eu te trai com metade da cidade e tudo o que diziam de mim era verdade sim, e só estou confirmando agora porque estou bem longe e você está me esperando na igreja achando que realmente eu vou chegar a qualquer momento. Não é nenhum engano, eu fugi com o homem mais rico de San Francisco sim, ele me impediu que eu fizesse uma burrada maior. Não estava nos meus planos te abandonar no altar, mas aí ele me convenceu e eu resolvi escrever essa carta. Eu sei, você deve estar me odiando, mas amor não enche barriga Luan, espero que leve isso como um aprendizado. Eu amo você, mas amo mais ainda a conta bancária do Marcelo. Até qualquer dia. Mariana."
Eu não queria acreditar, não mesmo. Só podia ser uma brincadeira de mal gosto, mas não era.

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