Irritado.

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|Narração Luan|

— Agora é nosso café? — ri nervoso. — Vai embora Bruna, eu não vou demitir ninguém!
— Eu vi ela no hospital com um bebê no colo, era a cara dela... Sem falar que é impossível ser irmão dela!
— O que? — perguntei sem entender.
— Eu perguntei o que ela estava fazendo ali e ela me disse que seu pai estava internado e que aquele bebê era adotado e seu irmão... Mas eu não engoli nenhuma palavra do que ela me disse, essa mulher é um perigo nas nossas vidas Luan!
— E se tudo isso for mentira? O que você tem a ver com a vida da Vivian? Deixa a mulher em paz! — pedi impaciente.
— O que está acontecendo aqui? — Milena surgiu na sala sonolenta, deve ter sido nossos gritos.
— Eu sabia que a veterinária irritante estava aqui... — Bruna revirou os olhos.
— Estamos conversando Mi, pode nos deixar sozinhos? — pedi com calma respirando fundo. Nunca fui de ficar sem paciência, mas Bruna estava conseguindo.
— Tá bem... — se aproximou me dando um selinho e saiu da sala.
Bruna olhava a cena de braços cruzados com o deboche estampado em sua cara.
— O que você estava fazendo em um hospital essas horas? — arqueei uma sobrancelha.
— Ah... — ficou sem jeito. — A prima da Karina bebeu demais e teve que ir para o hospital. — deu de ombros.
— A garota deve ser de menor e vocês enfiando bebida nela em plena segunda feira! — quase gritei com o dedo apontado em sua direção.
— Ah Luan, não venha com lição de moral essas horas da noite.
— Vai pra casa Bruna! — apontei para a porta e a mesma se sentou no sofá cruzando as pernas.
— Posso dormir aqui? — pediu fazendo cara de cachorro sem dono.
— Não Bruna, o papai e a mamãe devem estar preocupados.
— Eu mando uma mensagem falando que estou aqui! — sorriu de canto.
— Dorme no sofá para aprender! — suspirei saindo da sala.
A cada dia que passa Bruna me tira mais do sério. Eu estou vendo que vamos acabar brigando feio um dia e não vai ser bom para a nossa família. Entrei no quarto e Milena estava deitada na cama bisbilhotando no meu celular, mais essa agora?
— Quem é esse número estranho que te ligou de madrugada e ficou dois minutos em uma ligação com você?
— Era engano! — peguei o celular da sua mão.

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