Heloyse
- Chegamos! - disse Will, chamando minha atenção para o lugar.
Ele desceu da caminhonete e abriu um grande portão. Do lado esquerdo, um enorme morro seguia a frente, fazendo uma curva.
Depois que a caminhonete já havia passado a porteira, Will desceu e a fechou. Contornamos a curva, por uma estrada de pedras. Do lado direito, era uma descida cheias de flores que variavam do roxo ao lilás. E mais a diante, eu pude ver o grande rio que embelezava a paisagem. Ao final da estrada, paramos em frente a um chalé tão aconchegante quanto aqueles que vemos em filmes.
Will ficou parado olhando para a casa por um tempo, depois olhou para mim.
- Isso é lindo, Will.
- Que bom que gostou. Espere para ver o resto.
Ele desceu, deu a volta e abriu a porta da caminhonete pra mim. Tiramos nossas coisas e levamos para dentro do chalé.
O chalé tinha móveis de madeira escura. Tudo muito limpo. Era óbvio que alguém havia ido tirar o pó, horas antes.
Enquanto Will levava a caminhonete para o fundo, eu fui observar os outros cômodos. O primeiro espaço era a sala de estar. Um sofá em "L", caramelo ficava mais a frente. Uma poltrona ficava próxima a uma lareira revestida de pedras. As paredes laterais próximas à lareira eram metade de vidro, coberta por enormes cortinas brancas rendadas, a outra metade, era de madeira como todo o chalé. Em cima da lareira, um violão de madeira castanha estava posicionado em vertical. No meio da sala, uma mesa de centro escura e um tapete. Esta parte era separada de outra sala, por uma escada que levava aos quartos.
Já esta outra sala, tinha um sofá de couro preto, com várias almofadas e ficava em frente a uma estante, com TV e livros. Alguns quadros na parede, tapetes com cores terrosas assim como a decoração.
O banheiro social era bem pequeno.
Mais a frente, uma mesa de jantar com um lindo jarro de lírios. Eram tão bem feitos que cheguei a pensar que realmente fossem de verdade.
Eu segui por uma porta de vidro onde ficava a cozinha. Os armários eram também de madeira. A geladeira de duas portas, o fogão espelhado e a TV, eram os únicos objetos que quebravam o ar rústico daquele lugar.
Eu subi as escadas e no final, me deparei com uma pequena sala de TV e janelões com cortinas. Um janelão era de frente para a entrada principal e o outro para o fundo. Nas laterais da sala, haviam portas. Com certeza eram os quartos.
Eu abri a porta que ficava do lado esquerdo. O quarto era muito arrumado. Os forros de cama eram brancos assim como as cortinas. Também tinha um pequeno banheiro com toalhas de tom bordô. A janela ficava na lateral do chalé. De lá dava para ver onde começava o morro que ia até o portão. Era um grande gramado com algumas árvores.
Depois, eu fui até o outro quarto. Esse era muito mais lindo. As portas dos armários, cama, escrivaninha... Enfim; tudo era de madeira como no outro, porém, para chegar à cama, era preciso subir um degrau. A roupa de cama era tão branca que dava dó deitar sobre ela. No final da cama, tinha um sofá de cor preta com três almofadas, também escuras. Um tapete branco tão macio quanto algodão. O banheiro era pequeno, porém, maior do que o do outro quarto. Havia uma banheira e cheirava tão bem.
Não havia janelões neste quarto e sim, uma porta francesa. Eu a abri e fiquei sem palavras com o que vi. A vista dava direto para o rio. Eu podia ver mais a frente, flores iguais a da entrada. Ao longe, montanhas pareciam pinturas.
O deque tinha uma mesa no centro com duas cadeiras. Eram de madeiras também, com um lindo vaso de cordas trançadas e flores brancas, que como o lírio, não eram de verdade. Mais a frente, um sofá em "l", com detalhes de corda traçada e almofadas estampadas.
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UM PONTO DE PARTIDA
RomanceApós a morte de sua família, Heloyse se apegou a quem esteve do seu lado durante este momento difícil. De repente, encontrou-se abandonada, sem um rumo ou uma motivação para seguir em frente. Até que em um determinado momento da sua vida, resolve sa...