Capítulo Quarenta e Três - Raio de sol

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Heloyse




Depois que as luzes já estavam apagadas, subimos para o quarto. Will tirou sua roupa e ficou apenas em sua cueca box. Eu fiz o mesmo e entrei debaixo do lençol apenas de calcinha e top. Ele apagou a luz do abajur e deitou-se ao meu lado.


Apesar das luzes apagadas, o quarto estava claro com a luz que vinha de fora.


Will me envolveu em seus braços e continuou quieto.


- Will?


- O quê?


- Eu não quero que isso acabe.


- Nem eu.


- Então não vai embora. Não saí da minha vida.


- Eu não vou.


- Você promete?


O silêncio permaneceu por alguns segundos.


- Prometo.


E foi aí que eu transbordei. Eu me virei e encostei meus lábios nos dele. Quando abri meus olhos, Will estava lá, me beijando de olhos abertos.


- Por que você está de olhos abertos?


- Para não esquecer como é seu rosto quando você me beija.


Eu não me contive e fiquei sobre ele. Suas mãos espalmadas sobre minhas costas enquanto nos beijávamos.


Meu nome foi o som que saiu de sua boca. Seus lábios macios se separaram dos meus, apenas para dizê-lo.


Eu queria tocá-lo em todos os pontos, mas, eu não conseguia. Seu beijo me prendia.


Will, de forma tão rápida, me colocou debaixo dele. Os cabelos formavam uma espécie de cascata quando me beijava. Sua boca era deliciosamente doce.


Ele colocou minhas mãos acima da minha cabeça e segurou meus pulsos. Enquanto uma de suas mãos me segurava, a outra explorava meu corpo.


Eu ofeguei contra sua boca e o beijei ferozmente, como se eu dependesse daquilo. Poderíamos nos beijar por horas, dias e eu nunca me cansaria. Poderíamos nos tocar por longos dias e eu nunca deixaria de amar aquela sensação.


Will correu sua língua em meu pescoço e o meu gemido foi inevitável. Eu já estava à borda e precisava me esvaziar. Acho que eu iria explodir.


Depois, correu sua língua em minha clavícula e oh... Ele sabia que me tinha. Eu estava vulnerável demais.


Ele soltou meus pulsos e desesperadamente cravei minhas unhas em suas costas. Senti suas mãos abaixarem a alça do meu top, então me inclinei um pouco para que ele o tirasse. Depois dele ser jogado ao chão, senti seus lábios próximos ao pescoço e aos poucos, foi descendo lentamente.


Sublime!


Lábios macios me exploravam ao mesmo tempo em que me tratavam impiedosamente quando eu sentia sua barba por fazer, me arranhando. Era como se me presenteasse e me punisse ao mesmo tempo. Eu estava amando.


Eu sentia os arrepios tomarem conta do meu corpo enquanto ele me tocava e o som da sua voz rouca, fazia com que eu tremesse só de ouvi-la.


Will era diferente de tudo o que eu já conheci. Era intenso.


Eu nunca havia sentido aquilo.


Era uma sensação de plenitude, de preenchimento. Era amor descontrolado. Era um amor doloroso. Daqueles que a gente sabe que uma hora ou outra vai se afogar e mesmo assim, quer continuar.

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