Prometo Eternamente

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Capítulo 55


                  _Prometo_ _Eternamente_


POV FERNANDO

Não tive reação quando a vi saindo era como se o chão que eu estivesse pisando fosse se afundando, senti meus joelhos baterem no chão e meu corpo cair juntamente com ele, me debrucei e abracei meu corpo.


-Pai?

-Fer?

-Fernando?


Minha mente tentava responder a todos mas meu corpo não, eu escutava meu próprio choro, nunca tinha chorado da mesma forma, e por que agora? Era como uma criança, meu peito doía, não, eu não estava bem, eu começava a sentir uma dor me invadir fora do normal, não era qualquer dor, era a dor da perda, eu precisava ir atrás dela mas não tinha meus movimentos completos do meu corpo.


-Me ajuda - sussurei.


-Meu amigo vamos para o quarto, ela vai voltar - Antonio me ajudou a levantar.


-Trás ela pra mim - voltei a sussurrar e apoiei meu braços em seus ombros subindo as escadas.


-Fernando, dê o tempo que ela falou, espere por ela, tenha calma, Lucero passou por coisas horríveis e ela prefere esconder e deixar para ela do que fazer outras pessoas sofrerem.


-Eu a amo, Toño, minhas forças é só por ela, não sei o que vou fazer se ela me deixar, me ajuda! - me deitei e ele com cautela me ajudou em tudo.


-Ela vai voltar, fica bem certo? - ele saiu e apagou a luz.


Minha vida naquele momento estava se tornando um inferno, minha cabeça só fazia lembrar tudo que já tínhamos vivido, as loucuras, os carinhos, os beijos, os sexos, as companhias, os conselhos, em tudo eu não me e via sem ela, ela era minha, somente minha! Como eu ia viver sem meu par?

A cada pensamento meu coração batia mais forte, fechei meu olhos pelo cansaço e me deixei levar pelo sono, minha mente ainda ttrabalhava e eu conseguia ouvir até mesmo dormindo minha boca sussurrando o nome dela, meu corpo tremia e eu gemia seu nome sem parar.

Demoraram horas e eu ainda não sabia se ela tinha voltado, mas não tinha forças de me levantar, eu não sentia nada do meu corpo nem sabia como meus pulmões ainda fazia seu trabalho...

Ouvi passos leves chegando perto da cama mas eu estava de costas, então senti subir na cama me empurrando pois era uma cama de solteiro.

-Podemos conversar? - a voz ainda embargada me deu total certeza que era ela.

Não consegui responder e ela deitou ao lado da parede me olhando.

-Podemos? - ela perguntou séria.

Gemi como resposta eu ainda não tinha meus movimentos de volta, nem minha fala, meu corpo não parava de tremer.

-Fernando, você está bem?

-Sí - o sussurro quase não saiu.

-Podemos conversar?

-Vai terminar comigo?

-Podemos conversar? - ela já perguntava intrigada mas mantinha sua calma.


-Por que me deixou aqui?


-Fernando, podemos conversar? - ela suspirou forte.


-Não me deix... - fui surpreendido pelo beijo que ela me deu, me segurou pela nuca deixando nossos lábios apenas colado.


-Eu não vou te deixar - ela falou com os lábios colados aos meus.


-Liga a luz por favor...


-Sim - ela se levantou e acendeu a luz voltando para a cama, me abraçou forte deixando nossos corpos colados e assim conseguimos finalmente cabermos ali.


-Me perdoa - falei e ela abriu a boca pra falar e eu coloquei meu dedo por cima de seus lábios - Eu ia falar "Deixa de ser egoísta com si mesma" mas você me cortou e entendeu de outra forma mas mesmo assim, me perdoa.


-Fernando, vamos procurar não brigar por besteiras, por favor, eu te amo demais e não quero te perder por isso.


-Me perdoa?


-Sim - ela deu um rápido selinho em meus lábios me fazendo sorrir.


-Eu prometo não brigar mais contigo, por nada.


-Nem por ciúmes? - finalmente ela sorriu fraco mas sorriu.


-Nem por ciúmes - dei um selinho nela.


-Eu te amo tanto - ela passou o dorso da mão em mm eu rosto e eu fechei os olhos sentindo as carícias em seguida passou o polegar sobre meus lábios que estavam secos e sem esperar ela me beijou, um beijo selvagem e suas unhas começaram a arranhar meus braços, o ar foi necessário então ela desceu os beijos para meus pescoço e voltou para os meus lábios, quando ela parou encostou sua cabeça em meu peito e em questões de segundos ela havia adormecido.


Fiquei olhando para o teto com apenas o abajur ligado, deixei daquele jeito já que ela estava com seu corpo quase todo em cima do meu, somente suas pernas estavam na cama.


Dali pra frente como prometido não iria discutir, eu sabia que ela estava cansada de tudo e então a qualquer momento ela poderia sair da minha vida e não era isso que eu queria. Não naqueles momentos.


Fechei meus olhos deixando lágrimas escorrerem silenciosamente, para não corda-la, a abracei com certa força talvez pudesse deixar marcas mas era aquilo que eu precisava, tê-la em meus braços, seu cheiro, seu corpo, sua pele, me fazia sentir como um rei mesmo sem merecer, ela era maravilhosa em tudo, era a mulher que eu queria para toda minha vida!



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