Prometo Eternamente

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                           Prometo Eternamente

I

POV Fernando

Enfim último dia daquele maldito mês, não estava aguentando mais, ficar perto da Lucero e não poder toca-la, que queria matar aquele infeliz do doutor que nos fez conosco, compreendo que era pra sua saúde, mas precisava ser um mês mesmo? Espero que seja a última consulta também, não dava mais pra ver os dedos dele entrando nela.

-Vamos? – a vi descendo das escadas, estava mais linda, talvez a felicidade de saber que dentro de algumas horas eu poderia estar dentro de si sem lhe machucar.

-Vamos sim! – ela sorriu e puxou a bolsa que estava sobre uma pequena mesa de vidro.

-Mama, tem como ligar para meu pai? É que meu celular não quer ligar! – Lucerito soou quando passamos pela porta, no mesmo instante Lucero soltou minha mão e encarou a menina que a olhava serena.

-Como assim seu celular não quer ligar? – ela perguntou.

-Eu estava brincando com Jos e acabei deixando ele cair, depois disso não quer ligar mais.

-Não acredito, tem menos de dois meses que eu te dei esse celular, mas eu ligo sim e peça um a ele, ou ficará sem, vou no médico toma juízo – voltou a pegar em minha mão e então saímos de lá.

***

-Gabriel... – Lucero sorriu entrando no consultório já indo abraçar o dourtor.

-Olha quem já está aqui – ele falou como festejo.

-Graças a Guadalupe! – falei seco fechando a porta atrás de mim.

-Sim, foram ótimos dias, imagina? – Lucero falou, e me encarou séria mas logo tratou de mudar as expressões.

-Imagino sim! – ele sorriu – amanhã você já pode retomar suas atividades sexuais, vou fazer algumas perguntas e de acordo com suas respostas estará liberada pra isso.

-Ok – ela respondeu se sentando em uma cadeira de frente para ele.

-Eu espero que esteja melhor que antes... – falei e me sentei.

-Não deixa de palhaçada não é, Fernando? – o doutor falou pegando o bloco para prescrever.

-Hum... vamos para a consulta?! – Lucero me olhou e depois olhou para o doutor.
-E então, parou de arder?

-Sim!

-Coceiras, dores e incômodos? – ele escreveu.

-Nenhuma.

-Corpo doeu tomando os remédios?

-Sim, pouquinho mas sim.

-Você bebeu?

-Sim – ela sorriu.

-Por isso que doeu, não podia, você deve saber que não se bebe álcool tomando medicamentos... mas já que foi, vamos prosseguir!

-ASH Gabriel, foi apenas algumas vezes!

-Foi mesmo, Fernando? – ele me encarou de mãos cruzadas sob a mesa.

-Ah foi sim! – ironizei.

-Lucero, você não tem jeito mesmo, vamos, me deixa dá uma olhada, deite-se – ele apontou para a maca.

-Ah tá de brincadeira – falei.

-Não, eu não estou de brincadeira – ele respondeu.

-Vamos Gabriel, quero acabar logo isso – Lucero falou e assim ele deixou de me encarar.

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