Bruno
Voltar pra cá é mó realização, não consegui largar daqui, Deus que me perdoe acabei fazendo tudo ao contrário.
Incrível invasão bem na porra do dia que me mudo. Cara, desci a rua voado entrando na primeira viela que vi, pô agora o bagulho é estreito né, tenho minhas crias, minha mulher, posso ramelar não, tenho que proteger.
— Ih Colfoi? - Falei olhando pro Gaguinho, um vapor novo.
— Jacarezinho chefe, tão forte hoje. - Gaguinho disse.
Sai de lá e logo trombei com um moleque, acertei um tiro na cabeça e ele caiu no chão, fui correndo entre as vielas atirando, havia muitos corpos já no chão. Meu radinho não parava de tocar.
Radinho on
— Solta o papo caralho, da tempo de lesco lesco não. - falei me abaixando no meio de uns muros.
— Chefe, chefe... O Dedé. Corre na rua 3. - Um vapor disse e eu desliguei.
Radinho off
Mas que porra viu. Me subiu um ódio, peguei minha fuzil que tava na costa e logo saquei metendo bala nos que parecia na frente. Corri entre os becos até a rua três de encontro com um vapor e Dedé caído sangrando.
— Dedé... Dedé, porra mano abre o olho caralho. - Falei sacudindo ele.
— Mano ele não responde. - O vapor começou a andar de um lado e de outro.
— Chama Carioca e Diguinho pra levar no ps. Vai logo porra.- Falei berrando.
Arrastei Dedé pra um canto e fui correndo entre as ruas. Não estava vendo mais ninguém, sinal de nenhum filha da puta.
Ouvi algo cair no chão e me virei sentindo meu braço arder, olhei no meu braço e ele sangrava. Olhei pra frente e vi o rival do Jacarezinho.
Ele ia abrir a boca quando Jorginho apareceu com um pedaço de pau atrás dele e meteu na cabeça dele fazendo cair.
— Bora pro ps, olha teu braço. - Jorginho disse chegando perto.
— Leva esse corno na tortura. Vou colar lá. - Falei descendo a rua.
Logo soltaram os fogos em sinal que tinha acabado. Fui pro ps, entrei vendo os vapor lá.
— E a situação dele?- Perguntei pra Gaguinho.
— I...ih, parada cardíaca chefe, mas conseguiram estabilizar esses bangue que eu nem entendo. Ele precisa de sangue. - Gaguinho disse.
Sai e fui entrando na salinha pra enfermeira fazer curativo já que tinha sido só raspão.
— O senhor não pode entrar assim... - a vagabunda da enfermeira disse me olhando por inteiro.
— Coé, tu é dona daqui por acaso? Tu nem tá ligado quem é eu, então faz logo essa merda se não tu roda também. - Falei fechando a cara.
Ela fez os negócios e eu logo sai procurando a sala de Dedé. Ê moleque viu, já já tá colando com nois, fechamento.
Maria Victoria
Eu andava de um lado e de outro, sendo que era pra mim estar abaixada. Eu estava aflita, eu queria o meu Bruno logo. Mas logo acessaram os tiros, e os barulhos do foguete foram lançados. Ouvimos barulho na porta e nem se movemos.
— Sou eu Maria, Jorginho. - Ele disse batendo na porta.
Fui abrir e vi o mesmo suado.
— Cadê Bruno e o resto? - Falei desesperada já sentindo algo de errado.
Ele ficou quieto e me puxou pra fora do quarto.
— Bruno teve um tiro de raspão mas tá melhor que eu, já o Dedé... Teve parada cardíaca, foi atingido e não corre nada bem. Tá no ps. - Jorginho disse dando leve tapinhas no meu ombro.
Voltei para o quarto e Teresa estava abaixada com Sabrina. Chamei Teresa e contei para mesma.
*****
Estávamos na porta do ps daqui do morro mesmo, a Teresa saiu correndo entre os corredores e Sabrina ficou com Carol e Valentina sentadas na cadeira.
Fui até Henrique que tava quieto olhando o celular com fone e dei um tapa na cabeça do mesmo.
— Henrique, vendo pornô essas horas? Você tem noção do que tá ocorrendo? - Falei fechando a cara.
— Acontecendo oque? Ih mãe, não enche. - Henrique disse tirando os fones e guardando.
— Olha o jeito que você fala comigo moleque, te faço esse celular descer pela guela! - falei puxando a orelha dele.
Ele riu e eu fechei mais a cara, era incrível quanto mais batia mais daga risada. Apesar que nunca fui de bater, sempre contra, acho melhor uma boa conversa.
Fui até um vapor que estava dormindo na cadeira.
— Ei... Oi, tem como você ficar de olho neles? - Falei cutucando o mesmo.
— Opa patroa, tem sim. - Ele disse sentando certamente na cadeira e olhando pros quatros.
Fui até a recepcionista e ela falou aonde Dedé estava. Fui caminhando pelos corredores até ver Jorginho, Carioca, Bruno e a Teresa.
— E ai gente? - Falei olhando pra cada um.
— Dedé vai ser levado pra um hospital, ele precisa de cirurgia e de sangue. - Teresa disse em meio as lágrimas. - Maria me ajuda, eu não posso perder ele também. - Teresa disse me abraçando.
Abracei a mesma e não consegui soltar uma palavra, a não ser abraçar ela.
• aperta estrelinha •
Beijos no coração meus loves <3
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O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada
Teen Fiction• É aquela coisa né, " Quando está indo tudo bem, vem sempre algo pra atrapalhar ". • 2° Temporada 💣 CONCLUÍDA