• capitulo 2 •

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Bruno

Voltar pra cá é mó realização, não consegui largar daqui, Deus que me perdoe acabei fazendo tudo ao contrário.

Incrível invasão bem na porra do dia que me mudo. Cara, desci a rua voado entrando na primeira viela que vi, pô agora o bagulho é estreito né, tenho minhas crias, minha mulher, posso ramelar não, tenho que proteger.

— Ih Colfoi? - Falei olhando pro Gaguinho, um vapor novo.

— Jacarezinho chefe, tão forte hoje. - Gaguinho disse.

Sai de lá e logo trombei com um moleque, acertei um tiro na cabeça e ele caiu no chão, fui correndo entre as vielas atirando, havia muitos corpos já no chão. Meu radinho não parava de tocar.

Radinho on

Solta o papo caralho, da tempo de lesco lesco não. - falei me abaixando no meio de uns muros.

Chefe, chefe... O Dedé. Corre na rua 3. - Um vapor disse e eu desliguei.

Radinho off

Mas que porra viu. Me subiu um ódio, peguei minha fuzil que tava na costa e logo saquei metendo bala nos que parecia na frente. Corri entre os becos até a rua três de encontro com um vapor e Dedé caído sangrando.

— Dedé... Dedé, porra mano abre o olho caralho. - Falei sacudindo ele.

— Mano ele não responde. - O vapor começou a andar de um lado e de outro.

— Chama Carioca e Diguinho pra levar no ps. Vai logo porra.- Falei berrando.

Arrastei Dedé pra um canto e fui correndo entre as ruas. Não estava vendo mais ninguém, sinal de nenhum filha da puta.

Ouvi algo cair no chão e me virei sentindo meu braço arder, olhei no meu braço e ele sangrava. Olhei pra frente e vi o rival do Jacarezinho.

Ele ia abrir a boca quando Jorginho apareceu com um pedaço de pau atrás dele e meteu na cabeça dele fazendo cair.

— Bora pro ps, olha teu braço. - Jorginho disse chegando perto.

— Leva esse corno na tortura. Vou colar lá. - Falei descendo a rua.

Logo soltaram os fogos em sinal que tinha acabado. Fui pro ps, entrei vendo os vapor lá.

— E a situação dele?- Perguntei pra Gaguinho.

— I...ih, parada cardíaca chefe, mas conseguiram estabilizar esses bangue que eu nem entendo. Ele precisa de sangue. - Gaguinho disse.

Sai e fui entrando na salinha pra enfermeira fazer curativo já que tinha sido só raspão.

— O senhor não pode entrar assim... - a vagabunda da enfermeira disse me olhando por inteiro.

— Coé, tu é dona daqui por acaso? Tu nem tá ligado quem é eu, então faz logo essa merda se não tu roda também. - Falei fechando a cara.

Ela fez os negócios e eu logo sai procurando a sala de Dedé. Ê moleque viu, já já tá colando com nois, fechamento.

Maria Victoria

Eu andava de um lado e de outro, sendo que era pra mim estar abaixada. Eu estava aflita, eu queria o meu Bruno logo. Mas logo acessaram os tiros, e os barulhos do foguete foram lançados. Ouvimos barulho na porta e nem se movemos.

— Sou eu Maria, Jorginho. - Ele disse batendo na porta.

Fui abrir e vi o mesmo suado.

— Cadê Bruno e o resto? - Falei desesperada já sentindo algo de errado.

Ele ficou quieto e me puxou pra fora do quarto.

— Bruno teve um tiro de raspão mas tá melhor que eu, já o Dedé... Teve parada cardíaca, foi atingido e não corre nada bem. Tá no ps. - Jorginho disse dando leve tapinhas no meu ombro.

Voltei para o quarto e Teresa estava abaixada com Sabrina. Chamei Teresa e contei para mesma.

*****

Estávamos na porta do ps daqui do morro mesmo, a Teresa saiu correndo entre os corredores e Sabrina ficou com Carol e Valentina sentadas na cadeira.

Fui até Henrique que tava quieto olhando o celular com fone e dei um tapa na cabeça do mesmo.

— Henrique, vendo pornô essas horas? Você tem noção do que tá ocorrendo? - Falei fechando a cara.

— Acontecendo oque? Ih mãe, não enche. - Henrique disse tirando os fones e guardando.

— Olha o jeito que você fala comigo moleque, te faço esse celular descer pela guela! - falei puxando a orelha dele.

Ele riu e eu fechei mais a cara, era incrível quanto mais batia mais daga risada. Apesar que nunca fui de bater, sempre contra, acho melhor uma boa conversa.

Fui até um vapor que estava dormindo na cadeira.

— Ei... Oi, tem como você ficar de olho neles? - Falei cutucando o mesmo.

— Opa patroa, tem sim. - Ele disse sentando certamente na cadeira e olhando pros quatros.

Fui até a recepcionista e ela falou aonde Dedé estava. Fui caminhando pelos corredores até ver Jorginho, Carioca, Bruno e a Teresa.

— E ai gente? - Falei olhando pra cada um.

— Dedé vai ser levado pra um hospital, ele precisa de cirurgia e de sangue. - Teresa disse em meio as lágrimas. - Maria me ajuda, eu não posso perder ele também. - Teresa disse me abraçando.

Abracei a mesma e não consegui soltar uma palavra, a não ser abraçar ela.

aperta estrelinha

Beijos no coração meus loves <3

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora