• capitulo 29 •

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Maria Victoria narrando.

Magnum veio me beijando e eu não neguei, aquele beijo fez com que meu coração batesse mais forte. Sua mão direita foi ao meu cabelo enquanto a esquerda me apertava pra mais perto.

Paramos pela falta de ar e ficamos nos olhando, me separei dele e fui pegar minha bolsa.

— Qual foi, te levo embora. - Magnum disse.

Fechei a loja e montei na moto dele. Cruzes, a cada virada que ele dava era uma reza, eu estava cagando de medo, ainda mais confusa.

Eu realmente não queria me envolver com outra pessoa, queria aproveitar o meu momento.

— Chegamos. - Magnum disse.

Foi ai que percebi que havíamos chegado em casa, desci da moto e dei o capacete para ele.

— Obrigado pela carona. - Falei sorrindo sem mostrar os dentes.

— Pô, não é assim que se agradece em. - Magnum disse me puxando.

Começamos a se beijar até ouvirmos uma tosse, olhei e era Caroline.

— Boa. - Magnum disse ligando a moto e saindo.

Fingi que nem tinha acontecido nada, fui abrindo o portão e Carol veio vindo atrás de mim.

— Novo namoradinho mãe? - Carol disse rindo.

— Se manca Caroline. - Ri pelo jeito que ela disse.

*****

Sai do banho e fui direto pro meu quarto.

— Ê mãe, vai ter pagode lá na Rocinha, posso ir? - Caroline veio perguntar e eu assenti.

— Eu vou junto. - Falei indo ao meu guarda roupa.

Comecei a procurar alguma roupa boa e nada.

— AF, preciso comprar roupa, não tenho nem roupa pra vestir. - Falei bufando.

Por fim, peguei uma saia desfiada, uma blusa branca normal e calcei meu tênis. Passei meus cremes, desodorantes e perfumes e depois fiz uma escova rápida.

— Tá pronta? - Caroline entrou no meu quarto.

— Só falta meu batom. - Falei passando meu batom vermelho. - pronto. - Falei me olhando no espelho.

— Vamos, o Henrique já está lá. - Carol disse indo na frente.

*****

Guiamos pra Rocinha de carro e quando chegamos no pé do morro barraram a gente, abaixei o vidro e ai me liberaram. Fui subindo até a casa de Teresa e deixei meu carro lá.

— Já que você vai, eu também vou. - Teresa disse me abraçando.

Caroline foi indo pro pagode com a Sabrina.

— To tão desanimada, você não imagina... - Teresa disse abaixando a cabeça.

— Mas hoje você vai ter que se animar, porque vamos nos divertir muitooo! - Falei sambando e ela riu.

Ela logo se trocou e colocou um shorts, com uma blusa qualquer e uma sandália. Saímos direto pro pagode, de longe dava pra ouvir que tava cantando Revelação.

Chegamos no lugar e tava cheio, nunca vi igual. De longe avistei Caroline e ela acenou para mim, fiz gesto que estava de olho e ela riu.

— Vamos lá pegar uma bebida. - Teresa disse indo pra barraca.

Pegamos cerveja e pagamos. Começamos a beber enquanto sambavamos ao som de katinguele.

— Lua vai, iluminar os pensamentos dela, fala pra ela que sem ela eu não vivo, viver sem ela é o meu pior castigo. - Cantarolei sambando.

Me virei olhando pro camarote e vi uma menina na frente do Bruno enquanto ele me encarava.

Vai dizer, que se ela for eu vou senti saudades, dos velhos tempos que a felicidade, reinava em nossos pensamentos, lua. - Ele cantou olhando pra mim.

Me virei na hora, meu peito ardeu, parecia que eu havia levado uma facada no peito, doeu em ver ele com outra.

Mas quer saber? Quem perdeu que chore, vou atrás de ser feliz.

— Maria, vamos subir rapidinho no camarote, Dedé tá me chamando. - Teresa disse no meu ouvido.

Olhei pra lá e Bruno estava me encarando, me fiz a que nem viu, fui indo pro camarote com a Teresa.

— Oque você quer? - Teresa perguntou pro Dedé e ele puxou ela falando no ouvido dela.

Fui pegar uma bebida ali no camarote e paguei.

— Tu não precisa pagar. - Ouvi aquela voz que me fez arrepiar até o pelo do cú que é depilado.

Olhei para trás e vi Bruno. Peguei minha bebida e sai sem falar nada, ele tentou me segurar e eu puxei de volta.

Eu em, pensa que pode.

— Vamos... - Teresa disse cabisbaixa.

Fui descendo com ela e percebi que estávamos indo pra fora do pagode.

— Você vai embora? - Perguntei.

— Dedé me obrigou. - Teresa falou com uma cara nada boa.

Puxei ela pra mim e dei uma chaqualhada nela.

— Desde quando macho manda em você? Você vai embora e o bonitão ai pras vagabundas? Não não Teresa, vamos ficar, e se ele te mandar embora eu que faço o escândalo. - Falei puxando ela pra dentro.

****

Dedé tava de olho em nós, não só ele, como o Bruno com aquela menina. Puta que me pariu. Eu já tinha bebido umas já, já sabia que eu tinha que parar pois eu tinha que voltar de carro.

— Quem é aquela com o Dedé? - Teresa disse já com os olhos cheios de água.

Encarei o camarote e tavam no maior beijão. Na mesma hora puxei ela correndo pra ir no banheiro, ela sentou na privada e só sabia chorar.

— Eu não do certo no amor, que caramba Maria. Eu vou embora. - Ela disse enxugando as lágrimas e saindo correndo.

Fui indo atrás até sentir um puxão, já tava preparada pra xingar quando vi Magnum me olhando por inteira.

— Ei solta dela caralho. - Ouvi a voz de quem eu menos queria ouvir. De Bruno.

• APERTA NA ESTRELINHA •

BEIJINHOS DA TIA REBECA NO CORAÇÃO ❤️

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora