Sabrina narrando.
Dia seguinte...
Eu nunca ouvi tanto sermão na vida, minha mãe não parava de falar.
— Vocês vão ter que casar! - Minha mãe dizia andando de um lado para o outro.
— Eu não vou casar só porque engravidei. - Falei alterando minha voz.
Ela me encarou com um olhar matador, veio até a mim e segurou meu punho forte.
— Eu não quero nem saber, eu sou sua mãe, agora você aprenda com suas consequências. - Minha mãe disse me soltando e saindo do cômodo.
Aquela conversa revirou meu estômago legal, eu corri pro banheiro e soltei oque ainda restava no meu estômago.
Vi que já estava na hora de eu descer pra escola então peguei minha mochila e fui saindo de casa pra escola, eu fiquei pensando o caminho todo pensando sobre a conversa com minha mãe, ela estava com raiva de mim, eu não queria que minha mãe ficasse assim comigo. Sai dos meus pensamentos com o Henrique me agarrando.
— Tu nem me esperou gata. - Henrique disse pegando em minha mão.
Suspirou fundo e ele me encarou.
— É, não to com cabeça pra conversar com ninguém hoje... - Falei olhando pra alguns moradores que saiam pra trabalhar.
— Tua coroa né? - Henrique perguntou e eu assenti com a cabeça. - Qual foi da idéia Sabrina? - Ele perguntou preocupado.
Contei a ele o que haviamos conversado e o que eu estava sentindo, eu estava destruída por dentro, não é fácil saber que ficou grávida aos 17 anos, eu tenho minha vida, minha escola pra terminar, faculdade pra começar...
— Quer morar junto? - Henrique perguntou e eu neguei com a cabeça na hora. - Vou dar um jeito, calma, ela ficou sabeno ontem. - Ele disse beijando minha mão.
*****
Henrique narrando.
Saimo da prisão e fomos direto pra minha goma, Sabrina não queria trombar com a mãe dela então guiamos pra casa trombando com minha mãe e minha tia no sofá.
— Fala ae tia. - Falei beijando a testa dela. - Bença coroa. - Falei beijando a mão da minha mãe.
Esse negócio de bença, aprendi desde menor, meu pai sempre me ensinou esse trem, e isso pra mim é respeito.
— Deus te abençoe. - Minha mãe disse sorrindo sem mostrar os dentes olhando pra Sabrina. - Oi Sa, como você tá? - Minha mãe perguntou se levantando e indo abraçar Sabrina.
— É... Eu to bem até... - Sabrina disse meio cabisbaixa.
Com a minha mãe não tem essa idéia de querer esconder não, ela descobre logo de cara.
— Eu vou lá ver a comida e já volto Raissa. - Minha mãe disse. - Vem me ajudar Sabrina. - Minha mãe disse puxando Sabrina pra cozinha.
Fui atrás e já vi que Sabrina já tinha começado a chorar.
— Oque sua mãe fez ou falou? - Minha mãe perguntou.
Sabrina começou a contar a ela no maior chororô, entendo e respeito o momento da Sabrina, sinto pra caralho de não ter se previnido, mas pô, é melhor no pelo mesmo.
— Eu vou descer depois do almoço e falar com ela, ela não tem direito de fazer isso com você. - Minha mãe disse acariciando ela.
*****
Maria Victoria narrando.
Terminei de almoçar e lavar os pratos e fui pra casa de Teresa, no caminho eu avistei aquela amante que tava com o Bruno quando eu estava com ele, ela me encarou na mesma hora, eu fiquei na minha postura, por que se ela queria que eu surtasse, ela é que tava bem errada.
— Olha só, como é medrosa. - A vadia disse rindo.
Parei e fui chegando perto dela, ri pelo nariz e olhei ela por inteira.
— Eu tenho postura, por que se eu for pra te espancar tu sai no caixão, então eu nem perco o tempo contigo. - Falei normalmente dando uma piscada pra ela.
— Sabe aonde o Bruno tava ontem? Comigo, fizemos um amor gostoso. - A vadia falou mordendo os lábios.
— Aé, e que gosto tem minha buceta em? - Perguntei rindo.
Ela fechou a cara na hora, cruzeiro meus braços e fiquei parada ali até sentir alguém me puxar e ver Bruno pegando ela pelo braço e xingando ela.
— Poxa Carioca, tava só conversando. - Falei fazendo biquinho.
— Tu tava quase em cima da mina Patroa, melhor evitar perreco aqui né. - Carioca disse me soltando.
Bruno me chamou e eu fui andando devagar olhando pra cara dela.
— Olha pra minha mulher. - Bruno disse puxando o cabelo dela forte.
— Bruno tá doendo. - A vadia disse batendo na mão de Bruno.
— Olha pra ela caralho, tu tá pensando que é quem de chegar encarando ela? Quem tem que abaixar a cabeça é tu nojenta, se liga, quero tu passando de cabeça abaixada pra minha mulher, tu tá entendendo? - Bruno disse puxando ela pro beco.
Tinha crianças mais pra baixo brincando que já estava percebendo um movimento estranho.
Bruno jogou ela no chão e deu dois chutes na boca e um na barriga fazendo ela cuspir sangue.
Carioca na mesma hora puxou eu mas dava pra ouvir tudo que o Bruno falava.
— Tu não merece ver isso patroa. - Carioca disse depois de ter me puxado.
— Tu se liga, tu foi um erro que cometi e que nunca mais vou cometer, então é melhor tu esquecer cada merda que tu lembra. - Bruno disse e saiu do beco vindo em noss direção.
Ele saiu dali com o semblante normal como se nada tivesse acontecido.
— Aonde tu tá indo? - Bruno perguntou todo frio.
— Teresa, preciso falar com ela. - Falei.
— Cuidado pô, de olho aberto sempre, qualquer papo da um toque. - Bruno disse me dando um selinho e Carioca vindo fazer um toque comigo.
Agora essa vadia não me provoca.
• APERTA NA ESTRELINHA •
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O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada
Teen Fiction• É aquela coisa né, " Quando está indo tudo bem, vem sempre algo pra atrapalhar ". • 2° Temporada 💣 CONCLUÍDA