Maria Victoria.
8 meses depois...
Se passou um bom tempo, Dedé já havia saido do hospital, o morro havia tido outra invasão, e pra nossa surpresa não era outro morro e sim o bope.
A uma semana atrás foi aniversário de Henrique, ele não quis festa e sim um churrasco com os amigos e com família. Veio bem mais gente do que a gente havia convidado...
Já a Carol queria uma festona de 12 anos, mas Valentina não. Valentina ficou fria, não é aquela menina de antes, é de casa pra escola e da escola pra casa. Eu conversei com ela mas ela não quis se abrir comigo, mas teve um dia que eu tava indo pra casa de Teresa e vi aquele Farofa agarrado com uma mulher e um menininho.
A gente avisa né? Eu sempre falo, mas vocês acham que ouvem? Tem que quebrar a cara pra aprender.
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Sexta-feira, 19:26.
Sai do banho e fui colocar um shorts jeans com uma bata com estampa de girassol, calcei minhas havaianas e fui passar meu perfume e o desodorante. Olhei pra trás e vi Bruno entrando.
— Tá pronta? - Ele perguntou me olhando por inteira. - Cara, já te dei o papo que sou louco por tu? - Veio até em mim me abraçando.
— Você sabe que eu também meu anjo. - Falei dando um beijo nele.
Nosso beijo foi esquentando, dei uma apertada em seu membro e Bruno deu um leve gemido.
— Ih, porque parou doida? - Bruno disse vindo em cima novamente.
— Olha a hora, depois a gente faz aquele amor gostoso. - Falei dando um selinho e saindo do quarto.
Desci pra sala e tava Henrique falado no telefone.
— Eai gatinha... Vou guiar pra ai... Relax...- Henrique ia terminar falar mas ai ele me viu. - Combinado, tchau. - E desligou.
Olhei pra ele com a sobrancelha arqueada e ele sorriu.
— Cara que tá aprontando... - Falei fazendo um gesto que estava de olho nele.
— Eu sou um anjo minha mãe, eu lá sou de aprontar? - Ele perguntou.
Eu ia abrir a boca e ele fez shiu com a mão.
— Tirando a vez que eu quebrei o telhado da dona Joana... E também a vez que coloquei bombinha na tampa de privada da Senhora Emília.- Henrique dizia como se não fosse nada.
Ri dele e fui me sentando esperar Bruno, hoje iria ter pagode e como sempre a gente iria, Bruno demorou um século pra ficar pronto e logo depois desceu, subi correndo e vesti uma sandália e depois guiei com meu marido pro pagode.
Chegamos no pagode e já tocava Alexandre Pires - Delírio de amor. Olhei para Bruno e sorri lembrando de nós dois, todos nós olharam quando chegamos, Bruno me puxou pra um beijo e sussurrou que tava de olho, ele saiu e foi até onde o meninos estavam.
— Bú, achei que não vinha. - Teresa disse me assustando.
— Eu sempre venho pra arrasar aqui meu bem. - Falei abraçando ela.
Teresa me puxou e começamos dançar ao som de Raça Negra - Quando te encontrei.
— Quando te encontrei te juro, não pensei que iria me apaixonar. Mas todo amor é assim, como uma história sem fim, que tomou conta de mim. - Sambei cantarolando.
Teresa tava no meu ritmo, Dedé se ajuntou a nós e puxou Teresa pra dançar com ele. Fui pro banheiro e molhei um pouco minha nuca.
— Oi patroa, que blusa linda. - Uma voz disse atrás de mim, olhei pra trás e vi Carla.
Medi ela de cima a baixo e ela estava com um sorriso de deboche.
— Tira o olho, eu em. - Falei me virando novamente para o espelho.
— Sabe quem não tira o olho de mim? O Bruno, cuidado viu... - Ela disse rindo saindo.
Nem esquentei a cabeça, fiz xixi e sai dali vendo Bruno e os meninos com algumas monas quase se jogando pra eles enquanto sambavam. Encarei Bruno que estava ali só me fitando e fui até aonde tinha bebida, peguei uma cerveja e fui me sentar de frente com Bruno, ele me chamou com a mão mas eu fiz a que nem viu.
Logo avistei Virgínia, ela se ajuntou a Carla e ficaram lá sambando quase em cima dos meninos. Só fiquei ali olhando de cara fechada, não gosto de dar uma de maluca não, mas as vezes é preciso né. #FénasMalucas
Bruno levantou e Carla segurou no braço dele, ele pegou ela pelo braço e jogou ela aonde tinha umas cadeiras. Ele veio até a mim e se sentou do meu lado, me puxou pra sentar em seu colo e ficou ali beijando meu pescoço.
*****
Eu tava um pouco alteradinha, eu tava sambando na frente de Bruno, Virgínia e Carla tavam um pouco perto, ficavam jogando piadinha e na hora que Bruno se levantou pra pegar bebida Carla mexeu com ele.
— Tu quer mexer tanto com ele, por que não vem mexer comigo? - Perguntei peitando ela. - Ué, não é você que vem jogando piada? Então quero que tu fale na minha cara tudo isso que você fala pelas costas. - Falei fechando a mão.
Bruno me puxou e eu me soltei dele, Carla cruzou os braços e Virgínia puxou ela.
— Quer que eu fale oque? Você sabe que ele me come, fazer oque né se em casa não ganha na rua ele acha. - Carla disse piscando pra mim.
Voei em cima dela, comecei a meter murro na cara dela e quando ela caiu no chão subi em cima batendo na cara dela. Senti alguém tentando me puxar mas agarrei no cabelo de Carla e meti no chão.
Bruno me puxou com tudo e quando olhei Carla tava toda sangrando, o olho dela tava inchado e fechando.
— Na próxima vai ser pior sua lixuda, se fode garota quem é você na fila do pão? - Falei tentando sair dos braços de Bruno. - Se me encontra na rua tu vai pro outro lado por que se não você já pode ir preparar teu funeral cadela. - Falei gritando.
O som tinha parado, todos olhando, Virgínia socorrendo ela, e eu putona, sai dali sem nem falar nada e fui correndo pra casa.
• aperta na estrelinha •
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O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada
Ficção Adolescente• É aquela coisa né, " Quando está indo tudo bem, vem sempre algo pra atrapalhar ". • 2° Temporada 💣 CONCLUÍDA