• capitulo 9 •

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Maria Victoria narrando

Tava tomando um açaí com Ranielli quando Jorginho chegou no maior romance com ela.

— Tava pensando aqui, depois do pivete quero mais 7 filhos. - Jorginho disse na boa.

— Tu tá é maluco Jorge, eu que vou carregar por nove meses e ainda sentir a dor do parto.- Ranielli disse protestando.

Jorginho ficou com o maior bico.

Tava com a bexiga estourando, resolvi ir no bar que tinha ali do lado, deixei os dois ali no maior climão. Fiz o que eu tinha que fazer e quando ia saindo do bar ouvi umas gritarias, fui saindo devagar vendo Bruno agarrado no cabelo da menina que saiu com rocinha toda.

Fui indo até lá e quando ele me viu ele fechou mais a cara.

— Fala Virginia, oque tu queria comigo mermo? Curto esses bagulho de traição não, quer desrespeita minha mulher então tu toma uma coça dela e de mim vai ser pior, tu sabe que tenho mulher vagabunda. - Bruno disse jogando ela no chão.

Fiquei apenas olhando aquela cena e na hora que ela me olhou soltou aquele olhar de deboche. Fui indo até ela e encarei ela.

— Mona, tu pode querer sentar pra ele, mas sabe o melhor disso é que quem tem uma história com ele sou eu. Amigona seja piranha, mas não seja tão piranha ao ponto de querer homem dos outros porque isso fica feio pra você. - Falei piscando pra ela. - Eu sou bem tranquila com isso de briga, mas se eu descolar que você tá abrindo as asinhas pra ele eu corto elas. - Falei virando as costas.

— Não confia nele? - Ela disse baixinho.

Me virei pra ela e ri.

— Nele eu confio, mas nas putas da rua não. Só te dou um aviso, galinha que cisca no galinheiro dos outros amanhece na panela! - Falei piscando pra ela.

Ela arregalou os olhos e saiu dali rapidinho. Olhei pra Bruno e ele veio me agarrando.

— Ou ou, vão pro beco cara.- Jorginho disse rindo.

— Ih ala, falou o cara que levava Ranielli pra moitinha. - Bruno disse rindo e Ranielli ficou vermelha de vergonha.

Me despedi dos dois e comecei a subir o morro com Bruno.

— A ex do Dedé mora aonde? - Perguntei.

Bruno entrelaçou nossas mãos.

— Mora na principal, porque? Ela tá mexendo contigo? - Bruno perguntou.

— Não Bruno, só queria saber, é que fui lá no hospital e ela tava lá com aquela filha deles. - Falei.

— To ligadão que ela tá perturbando Teresa. - Bruno disse acenando pra um morador que sorriu pra ele.

Subimos em casa e Valentina estava sentada no sofá olhando pro nada.

— Bora, quero ter uma conversa contigo! - Bruno disse sério se referindo a Valentina.

Ela olhou pra ele e dava pra ver o medo na cara dela.

****

Valentina

Tive que ouvi a palestra do meu pai, ficamos ali no quarto por cerca de uma hora. Ele gritava e quase voava pra cima de mim, mas ele se segurava.

Ele saiu do meu quarto todo bravo. Peguei meu celular e vi algumas mensagens, vi o facebook até chegar uma mensagem no messenger de alguém, abri a conversa e...

| Messenger on |

Abre o olho mapoa quebofe de lero com outra. Pisca pra tu ver se ele não pega.

| Messenger off |

Visualizei e entrei no facebook do perfil e não tinha nadinha, certeza que a pessoa fez só pra me provocar. Maldito morro que vim viu, antes tava tudo legal!

Mandei mensagem pro Farofa e ele disse que não ia dar pra gente se ver. Deixei de lado o celular e fiquei deitada até acabar pegando no sono.

Acordei com Carol me cutucando.

— Oque você quer?- Perguntei de cara fechada coçando os olhos.

— Tem uma menina lá em baixo querendo falar com você. - Carol disse e saiu do quarto.

Demorei pra raciocinar e me levantei fui até na porta e era uma menina que eu já havia visto ela na escola.

— Oi, meu nome é Kiria, desculpa o encomodo mais mandaram te entregar isso...- A menina entregou um envelope e saiu dali.

Não deixou eu nem falar, eu em, gente estranha.

— Que papel é esse Valentina? - Carol sussurrou.

— Não sei, menina esquisita... - Falei abrindo o envelope.

Era uma carta, a letra estava escrita em letra de forma, estava difícil de entender mas forcei o olho e entendi só uma parte.

Rua 1, casa 68 hoje 19:40, da um pulo

Olhei e reolhei, voltei pro quarto me vesti, escovei os dentes e fui só pra ver aonde era, desci o morro e não era nem 19 horas ainda, fui descendo, estava quase no começo do morro quando vi a casa “ 68 ”. Era a casa que o Farofa tinha me levado, olhei pros lados e o movimento tá agitado até por conta doa moradores estarem chegando do serviço.

Voltei pra casa e fiquei ali até 19:30, eu tava ficando agoniada, será que Farofa me mandou lá? Mas era só ele me mandar mensagem.

Fui descendo as vielas e as escadarias, cheguei na frente da casa e estava com as luzes acesas, olhei pela janela e vi que Farofa estava com um menininho no colo, olhei ao lado vi uma mulher loira vindo até ele e dando um beijo nele...

Ele tem família, meu Deus.


aperta na estrelinha

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora