O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada

• capitulo 60 •

Jade

Sai da cama vendo Guilherme me olhar por inteira, eu estava soada depois do amor que a gente havia acabado de fazer, havíamos decidido que tentariamos ter outro filho.

Fui para o banheiro tomando um banho rapidinho e depois indo escovar meus dentes, sai do banheiro vestida e fui ver aonde minha princesinha estava, e lá estava ela, sentada no chão do quarto brincando de Barbie com Sabrina, eu me enchi de felicidade, Sabrina tinha uma paciência enorme com Lia que enchia o saco dela 24 horas, fui para a cozinha fazer a janta e senti o pressentimento.

Nunca fui desses negócios de pressentimento, aliás nunca tive um pressentimento ruim também né. Terminei de fazer a janta e chamei todos para jantar, estava muito bom estar com todos ali, eu amava cada um dali, por mais que Sabrina não fosse minha eu tinha um carinho por ela sim.

Todos nós terminamos de comer e Lia inventou que queria sorvete, e lá foi ela e Guilherme comprar, deixando eu e Sabrina limpando a louça.

— Eu to com uma sensação ruim sabe? Você já teve pressentimentos ruins que aconteceram? - Perguntei lavando os últimos talheres.

— Olha, eu já sim, mas digamos que não era ruim. Foi quando eu estava pressentindo que estava grávida. - Sabrina disse. - Porque? Tá com pressentimento ruim? - Ela perguntou.

— Sim, meu coração aperta de uma forma, é estranho, preciso ir numa igreja, Deus é mais. - Falei suspirando.

*****

Me deitei no sofá e alguns pensamentos vinham em minha cabeça, tentei tirá-los mas era impossível, me ajoelhei no sofá e comecei a orar do meu jeitinho, pedi a Deus que Ele não nos deixasse e que Ele nos protegesse de qualquer mal que tentasse entrar aqui, agradeci e fui tentar dormir já que Guilherme já devia estar no décimo quinto sonho já.

Acordei sentindo ainda aquele aperto no coração, me levantei e fui direto no quarto das meninas e eu não vi Lia, caminhei até a cozinha e tinha um papel.

“ Bom dia mulher da minha vida, levei a Lia pra escola, pode ficar tranquilona que eu busco. Beijo nessa sua boca deliciosa e fé na nossa cria.

De seu gostosão ”

Ri olhando o papel e fui limpar a casa que estava um verdadeiro lixo. Terminei era quase meio dia e fui pedir umas quentinhas pra ser entregas aqui em casa. Me sentei no sofá ligando a tv e indo assistir globo quando ouvi foguetes.

— Invasão. - Falei correndo fechar as janelas e vendo Sabrina aparecer assustada.

Trancamos a porta e fechamos todas as janelas, corremos pro quarto e ficamos abaixadas.

— Meu Deus a Lia. - Falei sentindo um aperto no coração.

Me levantei pois estava abaixada e fui indo em direção da porta.

— Aonde você vai Jade? Você não pode ir, abaixa. - Sabrina me disse e eu neguei com a cabeça.

— Lia está na escola, eles entram na escola e matam todos que estão lá. - Falei lembrando do Borel.

Teve uma vez que a invasão no Borel matou 100 crianças, eles não estavam nem vendo, entraram na escola e acabaram com todos que estavam na escola.

— Eu vou rápido e volto rápido com a Lia. - Falei e ela respirou fundo.

Dava pra ver em seus olhos o medo, abaixei até ela e beijei sua cabeça.

Sai do quarto fechando e corri pra fora vendo aquele barulho ficar maior, vi alguns vapores correndo a atirando em outros homens e corri entre os becos até trombar com alguém, olhei e vi Bruno me encarando.

— Tu tá doida porra? Que tu tá fazendo aqui? - Bruno falou me abaixando enquanto atirava.

E abaixou também e meus olhos lagrimejaram.

— Lia tá na escola e eles vão entrar lá. - Falei indo me levantar mas Bruno me abaixou novamente.

— Volta pra tua goma caralho, tu pode tomar um tiro pô, prometo pegar a menor logo. - Bruno disse e eu assenti.

Um vapor veio correndo e Bruno puxou ele mandando ele me levar embora, fomos correndo enquanto aquele vapor atirava em todos os lados e quando chegamos em frente de casa ele me deixou e eu fui abrindo a porta rápido mas quem disse que eu conseguia, eu não conseguia nada, eu tremia e sentia que minha pressão estava baixa.

— Corre caralho. - Ouvi uma voz.

E eu me virei sentindo a minha garganta queimar e cai no chão não vendo mais nada.

• aperta na estrelinha •