• capitulo 30 •

1.9K 148 4
                                    

Maria Victoria

Magnum olhou pro Bruno e eu também.

- Ih qual foi? Tu é casada? - Magnum me perguntou.

- Não, sou solteira. - Falei encarando Bruno.

Bruno veio pisando fundo e Magnum me soltou cruzando os braços.

- Solteira o caralho Maria, somo casado. - Bruno disse cruzando o braço.

- Vê se tem aliança aqui. - Falei mostrando meu dedo. - Não, não tem, então me deixa Bruno, me esquece. - Falei virando as costas e saindo.

Comecei a descer e logo senti a presença de Magnum ao meu lado. Fomos calados um bom tempo e quando chegamos na frente da casa de Teresa ele me abraçou.

- Precisava desse abraço mesmo. - falei o abraçando de volta.

- To ligado nega. - Ele disse beijando minha testa.

Me soltei dele e puxei ele pra dentro da casa de Teresa, trombei com ela na sala colocando suas roupas nas malas.

- Eu vou embora. - Teresa dizia enquanto escorria lágrimas em seu rosto.

Fui até ela e abracei com toda força do mundo enquanto eu acariciava seus cabelos.

- Vai ficar tudo bem Teresa, você deve parar de chorar e seguir em frente. A gente não tá mais na idade de chorar por pessoa que não vale a pena não. - falei levantando ela. - Vamos, você fica lá em casa. - Falei enxugando suas lágrimas.

- Obrigada Maria! - ela disse suspirando e colocando correndo suas malas.

*****

Dia seguinte - 13:21 da tarde.

Caroline queria ir pegar algumas coisas que estavam ainda na casa de Bruno e eu tive que a levar, e pra aproveitar eu iria buscar a Sabrina com suas coisas. Já o Hugo preferiu ficar com o Dedé.

Guiamos pro morro e lá estavámos nós paradas na frente da casa de Bruno, enquanto ele vinha em nossa direção.

- Que tu quer? - Bruno perguntou olhando pra nós.

- Eu vim pegar umas coisinhas minha. - Caroline disse.

Bruno deu a chave e Caroline foi e eu fiquei ali encostada no carro com os olhos de Bruno em cima de mim.

- To achando esse decote muito grande, tá mostrando teus peitos Maria. - Bruno disse enquanto fechava a cara.

Eu ri da cara dele e ele ficou lá bufando.

- Você é quem menos pode achar algo. Vai lá querer opinar das pé rapado da rua, não de mim. - Falei colocando meu óculos de sol.

- Tu tá de papo com o Magnum é? - Bruno perguntou.

- E desde quando tenho que falar oque eu to e oque eu não to. Eu já disse me deixa Bruno. - Falei indo abrir a porta do carro mas ele me puxou.

Do mesmo jeito que ele me puxou ele me agarrou deixando nossos rostos pertos um do outro, eu sentia sua respiração ofegante, minhas pernas estavam moles, meu coração estava quase saindo pela boca, mas tudo quebrou quando ouvimos uma voz.

- Amor, quem é essa? - Uma voz de puta surgiu.

Eu me afastei dele e olhei a tal menina, lembrei dela ontem, ela estava com ele no camarote, ela até que era bonitinha mas saiu já com Rocinha toda.

- Bom eu vou ir ajudar Caroline. - Falei saindo dali rebolando sentindo o olhar dos dois em mim.

Entrei naquela casa e senti um arrepio, que saudade que eu tinha daqui.

Guiei para o quarto de Caroline e ela estava pegando um resto de roupa, alguns sapatos e colocando numa caixa.

- Acho que é só isso mãe. - Ela disse pegando uma caixa.

Eu peguei a outra caixa e descemos saindo pra fora vendo os dois no maior agarramento.

- Credo, que nojo. - Caroline disse alto.

Eu ri por dentro mas continuei bem plena.

- Nojo por que piranha? - A menina disse com a maior cara de deboche.

Ih, pode me xingarem a vontade, mas não vem abrir a boca pra falar de filho ou filha meu.

Larguei a caixa no chão e fui até ela, a menina tinha cara de ter uns 20 anos.

- Eu acho que não vai ser preciso eu ter que esfaquear alguém aqui né? - Falei calmamente tirando minha faquinha que comprei por prevenção.

Ela arregalou os olhos e eu cheguei mais perto relando a faca na bochecha dela.

- É, eu acho que não... - falei rangendo os dentes.

Voltei a pegar minha caixa e coloquei dentro do carro. Caroline colocou a dela dentro também e foi se despedir de Bruno.

- Tchau pai. Toma cuidado. - Caroline disse abraçando Bruno.

Por mais que ele errasse comigo, ele ainda era o pai dos meus filhos.

- Amo tu e teu irmão, não esqueça pequena, se cuida, tu sabe que qualquer papo tu me liga. - Ele disse beijando o topo da cabeça de Caroline.

Caroline foi indo entrar no carro e eu fui entregar a chave pra ele.

- Talvez Henrique venha ainda pegar algumas dele também e venha dormir aqui, então só pra avisar. - Falei me virando e entrando no carro.

Bruno foi até a janela do lado da Caroline e...

- To sem vocês, mas cuida da tua mãe pra mim Caroline. Eu amo ela. - Bruno disse pra Carol que riu.

Eu olhei pra ele e fui ligando o carro.

Isso me fazia ter saudade dele, mas quem vacilou foi ele né.

aperta na estrelinha •

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora