• capitulo 26 •

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Bruno

Acordei sem saber aonde tava, tava um escuro do caralho o quarto, senti alguém se mexer do meu lado e me levantei acendendo a luz.

— Caralho que susto. - Falei tacando a mão no peito vendo a menina.

Que caralho eu tava drogado que não vi quem era.

— Bom dia lindo, dormiu bem? - A mina disse arrumando o cabelo.

Vesti minha roupa e meti o pé deixando uma grana na cômoda. Fui guiando pra boca até trombar com o Jorginho.

— Qual foi cara, que deu em tu de pegar a Leninha? - Jorginho falou.

— Quem é Helena? Tá doido cara. - Falei pegando meu maço de cigarro.

— A oxigenada lá, tu tava loucão pô, precisa parar disso, já deu mancada com a Maria. - Jorginho disse negando com a cabeça.

Papo reto mermo, eu tinha vacilado, caralho, logo eu que sempre fui amarradão na Maria fui me envolver com as da rua. Nunca me faltou nada, Maria sempre foi boa em todos os sentidos, bagulho foi vacilo meu mermo, e ela deu o recado, quem não ouviu fui eu, mas é aquele papo, é minha mulher ainda.

****

Maria Victoria

Tava eu lá na lojinha do Bruno, depois que voltamos pra Rocinha não vim mais aqui. Eu só pagava os funcionários e ajeitava umas coisas de casa mesmo, tinha a gerente e ela sempre estava por lá.

Era quase horário de almoço, liberei para que fossem almoçar e eu fui ficar lá, aquele horário estava sem movimento nenhum, fiquei ali mexendo no notbook e arrumando algumas coisas da loja até eu ouvir uma voz grossa.

— Opa. - Uma voz grossa soou pelo lugar.

Levantei a cabeça com tudo e me arrepiei com aquela voz. Olhei para o homão que tinha na minha frente, ele era alto, tava com um boné atolado na cabeça, mas dava pra ver que era bonito. Seus braços estavam fechados de tatuagem. ( FOTO NA MIDIA)

— Posso ajudar? - Perguntei me levantando.

— To atrás de uma prata. - Ele disse.

Tirei a fileirinha de pratas que tinha e fui mostrando pra ele com os valores.

— A mais cara é essa, 2.500. - Falei mostrando a corrente grossa.

Ele me olhou e olhou em minhas mãos. Olhei também e vi a marquinha da minha aliança que eu havia retirado.

Ele quis a mais cara, dei a ele e ele me pagou a vista e em dinheiro, raciocinei na mesma hora que devia ser envolvido, pela cara e pelo jeito.

— Deseja mais alguma coisa? - Perguntei.

— Desejo tu. - Ele disse mordendo os lábios.

Eu ri de lado e fui indo até a porta de vidro.

— Passa teu número... - Ele disse chegando perto de mim.

Minha respiração ficou ofegante, meu peito subia e descia, me arrepiei toda com aquela voz grossa. Ele me deu teu celular e eu anotei, ele chegou perto de mim novamente e...

— Te chamo lá princesa. - Ele disse beijando o cantinho da minha boca.

Ele disse saindo da loja e olhando pra trás, fiquei olhando ele passar a rua e entrar em um puta de um carrão. Voltei de novo pro balcão e fiquei pensando que eu não poderia ficar dando mole pra cliente não.

*****

Já era oito da noite, tinha acabado de jantar, ouvi meu celular apitar e vi um número desconhecido, fui ver e...

WhatsApp
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+55 21 xxxx-xxxx: Salva aê princesa, Magnum na área. - |20:03 |-

Eu: salvei! - | 20:08 | -

+55 21 xxxx-xxxx: Boa noite pra ti lindeza, qualquer b.o da um toque ai que to on. -| 20:08 | -

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Sai da conversa do Magnum e fui ver as outras, tinha da minha mãe perguntando sobre mim e das crianças, tinha sobre Teresa revoltada falando pra mim ir visitar ela, tinha de Ranielly querendo bater em umas das putas do morro, tinha de uns outros povo que eu nem vi.

Sai do celular e Caroline veio perto de mim com cara que ia pedir algo.

— Já te dei a sua mesada. - Falei ligando a TV.

— O Tubarão pode vir dormir aqui hoje? - Caroline pediu toda com beicinho.

Olhei pra ela e bufei, prefiro ela aqui dentro de casa do que pra fora em outro lugar.

— Pode, mas sem pouca vergonha em, faço vocês dois dormirem um longe do outro. - Falei piscando pra ela.

Ela saiu pulando pra fora de casa e em dois segundos já estava com Tubarão dentro de casa.

— E eu achando que ele iria vir ainda. - Falei segurando o riso.

— Boa noite Dona Maria. - Tubarão disse me dando a mão.

— Ainda você tá com isso de Dona? Sou dona de ninguém. Mas uma boa noite. - Falei abraçando ele e deixando de lado a mão.

— Sogra melhor não encontra em. - Caroline disse rindo.

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•aperta na estrelinha•

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora