• capitulo 62 •

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Teresa

Parei com o Uber na frente do morro e desci com minhas malas e Hugo.

— De volta a Rocinha. - Falei bufando.

Peguei as malas e a mão de Hugo e fui subindo o morro, fui direto pra casa e quando cheguei dei de cara com Dedé arrumado.

— Vai lá guardar suas coisas Hugo. - Falei e Hugo foi correndo.

Fui pro meu quarto e coloquei as malas em um canto.

— To indo pro velório da Jade, tu vai? - Dedé perguntou passando perfume.

Me virei lentamente e olhei pro Dedé que pegou o celular e começou a digitar, fiquei olhando pra ele sem entender nada.

— Que Jade? - Perguntei.

— Mulher do Guilherme, não tá ligada não? - Dedé disse e eu neguei com a cabeça.

— Vou ficar, pode ir. - Falei ainda sem entender.

Dedé saiu e eu fiquei ali tirando minhas roupas das malas.

****

Irmão tu tá ligado que tamo ae pra qualquer coisa. - Ouvi a voz de Bruno na sala.

Tampei a panela do arroz e fui na sala vendo muita gente ali.

— E aê fia. - Carioca disse agarrado com a mulher dele.

— Oi gente. - Falei baixo e olhei o Guilherme que estava sentado. - Eu sinto muito Guilherme. - Falei e ele assentiu com a cabeça.

Eles ficaram ali e eu raciocinei que ficariam pra janta, voltei pra cozinha fazendo mais comida por que eles comem em dobro.

— Precisa de ajuda? - Ouvi uma voz e me virei vendo Maria.

Ela era a única amiga que sempre esteve comigo, depois de longos anos foi a única que sobrou, pois depois da gravidez todas sumiram.

— Preciso sim, to fazendo mais comida. - Falei. - Tem como você fazer mais arroz? - Perguntei e ela assentiu.

Ela foi indo fazer arroz e eu fiquei ali piscando o frango e jogando na panela.

A cozinha estava um silêncio a única coisa que era de barulho era a sala aonde estava os pessoal.

— Me perdoa por ter te tratado mal, você é a minha amiga de anos. - Falei me virando pra ela.

— Entendo você, foi na hora da raiva, mas quem você deve pedir perdão é a Sabrina e não a mim. - Maria disse vindo me abraçar.

****

Todos estavam comendo, menos Sabrina, fui até ela e fui a puxando pela mão até a cozinha.

— Me perdoa, eu sei que fui uma péssima mãe, sei que eu deveria ter ficado do seu lado na hora que você mais precisou, mas eu fiquei com medo. Eu amo tanto você! - Falei e ela sorriu vindo me abraçar.

— Eu também te amo mãe. - Sabrina disse.

Ai fomos comer, olhei aquela sala cheia de pessoas que eu realmente amava. Guilherme dava comida pra filha dele que estava no colo.

Me sentei perto de Dedé e ele veio me abraçando, até estranhei mas fiquei quieta aproveitando aquele momento todos juntos.

• aperta na estrelinha •

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora