• capitulo 33 •

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Bruno narrando.

Cheguei por trás do Borel com Jorginho, o Russo já me esperava, desci do carro e comprimentei ele.

— Na paz Bruno? - Russo disse apertando minha mão.

— Na boa. Tenho tempo não, aonde tá o Guilherme? - Perguntei.

Russo chamou um vapor e mandou ele guiar a gente até a goma do Guilherme. Guiamos pra lá e quando chegamos encarei Jorginho.

Jorginho foi bater na porta e a gente ficou lá esperando até aparecer uma mulher e no meio das pernas dela uma menina.

— Oi, posso ajudar? - A mulher perguntou.

— Pode, trás o Guilherme aqui. - Falei entrando. - Licença. - Me sentei no sofá.

Jorginho ficou parado na porta. Enquanto a mulher saiu e a menininha ficou me olhando sem entender.

— Oi meu nome é Lia, e o seu? - Ela disse estendendo a mão.

— Ainda bem que tu puxou tua mãe, imagine se puxasse Guilherme. - Falei pra ela e ela sentou do meu lado.

Jorginho fechou a porta e veio sentar no outro sofá.

— Sabia que uma hora ou outra iria encontrar vocês. - Ouvi aquela voz depois de 17 anos.

Me levantei olhando pra trás e vendo Guizão, caralho.

— Ô boneca, vai lá com a sua mãe. - falei e ela saiu dali rápido. - Ih colfoi Guilherme, qual foi a tua cara? 17 anos cara, tu tem idéia disso? - Perguntei passando a mão pelo rosto.

Guilherme se sentou no sofá e começou a contar desde o dia da invasão, e depois de umas meia hora ouvindo ele contar...

— Se tu queria sair da vida do crime era só vir falar cara, eu ia te apoiar em qualquer idéia tu sabia que a gente sempre foi irmão. - Falei e ele assentiu.

— Como eu tava ligado que uma hora ou outta tu ia vir dar um pulo aqui, eu queria te pedir um bagulho Bruno. - Ele disse e eu assenti. - Primeiramente, foi mal pô, sumi do nada. Segundo, quero voltar pra Rocinha. - Guilherme disse me encarando.

Olhei para Jorginho e...

*****

Maria Victoria narrando.

O dia passou voando, minhas pernas estavam doendo de tanto ficar em pé. Arrumei o que faltava e fui fechando a loja. Me virei e dei de cara com...

— Que susto, meu Deus Magnum! - Falei com a mão no peito.

— Tá devendo é? - Ele disse rindo. - Vim te dar uma carona pô. - Ele disse pegando minha mão.

Sorri meio sem jeito e acho que ele super percebeu a minha cara de desânimo.

— Qual é? Tá desse jeito porque? Não queria me ver? - Magnum perguntou.

— Não, é que eu to cansada. - Falei abraçando ele.

Ele beijou minha cabeça e fomos pra dentro do carro, ele guiou pra minha casa e...

— Vem, vamos entrar por que eu quero que meus filhos te conheçam. - falei puxando ele pra fora do carro.

Fomos pra dentro de casa e na sala estava Teresa, Sabrina, Henrique e Carol.

— Oi família... Queria apresentar pra vocês o Magnum... - Falei puxando ele.

Henrique na hora fechou a cara.

— Ah, oi, é aquele moço que você tava no maior amasso esses dias aqui na frente né? - Carol disse rindo.

Eu ia ir chamar atenção da Caroline mas Magnum foi mais rápido.

— É esse mesmo. - Ele disse rindo.

Cutuquei ele e fiz cara brava.

— Bom, essa é a Teresa que você já conhece, e aquela é minha afilhada, filha de Teresa. - Falei e ele fez jóia com a mão.

****

Compramos pizza pra comermos e Henrique havia saido falando que ia na casa do pai.

— Você mora aonde? - Caroline perguntou.

— Borel... - Magnum disse encarando a tv.

Caroline murmurou apenas um “hum”, eu sei que tava na cara que ele era envolvido, mas fazer oque né.

O radinho do Magnum tocou e ele saiu pra fora de casa, e quando voltou ele disse que precisava ir embora, deu tchau pras meninas e fui até o portão com ele.

— Tá tudo bem Magnum? - Perguntei pela cara dele.

— É, tá, preciso ir. Se cuida. - Magnum disse vindo me beijar.

Nos separamos do beijo e ele foi entrando no carro e guiando. Suspirei e fiquei olhando o céu lembrando da minha pequena Valentina.

— Ô minha filha, cuide de nós. - Falei fazendo o sinal da cruz.

E entrei em casa pensando em Magnum.

• aperta na estrelinha •

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora