• capitulo 47 •

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Jade

Nunca tive o amor materno e nem paterno, com 3 meses de vida fui parar numa lixeira, pois ninguém me queria.
Até meus 18 anos morei em um orfanato, aonde sou muito grata pela diretora do lugar que me acolheu como se eu fosse filha. No dia em que eu ia sair, eu não sabia aonde iria, mas com a ajuda de uma das moças da limpeza ela disse que eu poderia ficar na casa dela e depois que eu achassr um trabalho eu arranjaria uma casa pra mim, e foi isso que aconteceu. Comecei a trabalhar e fui atrás de fazer um curso de técnico em nutrição.

Comprei minha simples casinha no Borel com muito esforço e suor, trabalhei muito pra conseguir cada coisinha.

*****

Havia acabado de pegar Lia na escola, ela não parava de falar sobre a feira de ciências que teria, avistei Guilherme falando alto e quando vi era a Teresa, fui caminhando até lá e a Teresa me olhou com desdém.

— Tu tá me ouvindo? Se você não quer ela, eu bem pego pra cuidar então. - Guilherme disse apontando o dedo pra Teresa.

— Calma Guilherme, oque houve? - Falei puxando ele.

— Pra você não interessa corna. - Teresa falou entrando.

Se ela queria me atingir, não conseguiu, eu não ligo pro que falam de mim, eu sou na minha, não gosto de confusão.

— Acredita, ela mandou embora a Sabrina. - Guilherme disse bufando.

— E aonde Sabrina está? Eu disse a ela que as portas de casa estão abertas pra ela. - Falei e Guilherme beijou minha testa.

— Valeu por se preocupar com caô que nem é teu, te amo. - Guilherme disse me dando um selinho. - Aliás, amo vocês duas. - Guilherme disse indo beijar Lia que ria.

****

Terminei de fazer a janta e ouvi a porta bater, fui atender e era Sabrina.

— Oi entra. - Falei dando espaço.

Ela estava com duas malas, ela entrou e se sentou no sofá.

— Posso ficar aqui? - Sabrina perguntou.

— Claro que pode. - Falei. - Tudo bem você dormir com a Lia? - Perguntei pegando as malas dela.

— Tudo sim, mas se quiser durmo na sala pra mim não tem problema. - Sabrina disse e eu neguei. - Obrigada Jade, oque minha mãe não fez você está fazendo. - Ela disse.

— Magine, o que eu puder fazer eu farei, pode contar comigo. - Falei indo abraçar ela.

Peguei as malas dela e fui até o quarto de Lia, coloquei as malas em um canto e fui pegar um colchão que deixávamos de reserva, arrumei e voltei pra sala vendo Sabrina quieta.

*****

Bruno

Me sentei na cadeira com a cabeça estourando de dor de cabeça, bolei um baseado e logo barrufei, fechei meus olhos curtindo o momento e me assustei com a porta abrindo com tudo.

— Puta que pariu, tá achando oque caralho? - Falei gritando com Carioca.

— Foi mal chefe. - Carioca disse. - Papo que Raissa e Maria foram pegas... - Carioca disse tirando o boné e coçando a nuca.

— Quem te deu o papo? - Perguntei já tremendo.

— O vapor zóio. - Carioca disse.

Puta que pariu, meu sangue ferveu, soltei o baseado e sai da sala indo atrás de Jorginho.

— Hackeia o radinho da Maria e da Raissa, da um jeito! - Falei pra Jorginho e ele saiu de lá.

Fui correndo pra goma e trombei com Caroline e Benjamin, ela estava assistindo enquanto Benjamin estava num treco de bebê.

— Cadê tua mãe e tua tia? - Perguntei aflito.

— A Raissa saiu pra uma entrevista que indicaram ela e se bem que minha mãe disse que já voltava e faz tempo que não volto. - Carol disse.

— Tu fica aqui entendeu? Não sai pra nada Caroline, tá ouvindo? - Falei e ela assentiu com uma cara sem entender.

Sai de casa e fui descendo até a barragem pro asfalto, guiei até meus vapor que estavam na maior conversa.

— Conversa depois caralho. - Falei gritando. - Algum de vocês viram Maria e Raissa saindo? - Perguntei.

— Ô patrão, elas tava logo ali, nois tava de olho, metemo bala mais era blindado, era uma van preta, eu só vi as letras das placa que era DHP. - Zóio disse e eu assenti.

— Qualquer movimentação estranha manda radinho. - Falei.

*****

Eu tava louco já, andava de um lado pro outro, já era meu setemo baseado, Jorginho ia atrás de informação e nada, Dedé entrou na salinha depois de um tempo sumido da boca.

— Quem é vivo sempre aparece. - Falei dando o último trago e soltando a fumaça.

— Foi mal mano, eu precisa esparecer. Fique sabendo da tua irmã com Maria, to junto contigo parceiro, qualquer idéia eu to aqui. - Dedé disse dando a mão pra mim.

— Então corre atrás de alguém que entenda de hackear placa e traga aqui. - Falei e ele assentiu saindo da sala.

Preciso da minha Maria aqui com Raissa.

• aperta na estrelinha •


O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora