• capitulo 35 •

1.9K 139 5
                                    

Maria Victoria narrando.

Lá tava eu lavando o restante das roupas sujas, eu no caso não né, mas a máquina.

Meu celular vibrou e eu fui ver, era mensagem de Magnum.

WhatsApp 📞
——–——–—————————————

Magnum: E aí, tá tudo na boa por ae? Preciso fazer uma viagem pra Bolívia, quero te ver hoje de noite, falo? - ( 13:52)

Eu: Ok, Que horas você me pega? - ( 13:53)

Magnum: A noite inteira cachorra. 😈 - ( 13:57 )

—————————–—–———————

Deixei o celular de lado e fui arrumar meu quarto e meu guarda roupa que estava uma zona, e depois fui procurar uma roupa pra mim me encontrar com Magnum a noite.

— Posso entrar? - Ouvi a voz da Sabrina e me virei concordando.

Ela fechou a porta e se sentou na cama.

— Precisa de algo Sabrina? - Perguntei.

— Você sempre me disse que pra qualquer coisa você estaria aqui... Então, eu e o... - Sabrina ia terminar de falar até ouvirmos um estrondo.

Corri pra fora do quarto correndo pra sala e encontrando Dedé e Teresa.

— Eu não vou voltar com você Deivid! - Teresa berrou.

— Eu to mandando porra, tu pensa que é quem? - Dedé gritou também.

Caraca, nunca tinha visto ele desse jeito, Dedé sempre foi o tipo de cara de boa, a gente até zoava que ele devia passar o dia tomando suco de maracujá de tão calmo que era.

— Ei ei, o que é isso? - Falei puxando Teresa.

— Eu vim buscar ela e a Sabrina. VAMO! - Dedé dizia num tom alto.

— Tu quer ir Teresa? - perguntei e no mesmo momento ela negou com a cabeça. - Pois então ela fica! - Falei autoritária.

— Tu nem devia se meter Maria, é briga de marido e mulher, ninguém tem que se meter não, ela vem comigo e boa. - Dedé dizia puxando Teresa.

Sabrina saiu dali e eu respirei fundo.

— Devo me meter sim, não vou ficar parada vendo você tratando a desse jeito e não fazer nada, qual vai ser a próxima atitude? Bater? Não, você não vai levar ela e se você relar a mão nela novamente eu faço um escândalo. - Falei autoritária firme.

Teresa saiu correndo saindo da sala e Dedé se sentou passando as mãos pelo rosto e começando a chorar baixinho, fiquei ali encarando ele e ele lá chorando.

- Vai beber água Teresa. - Falei baixinho no ouvido dela.

Ela foi e ele levantou a cabeça com os olhos vermelho.

- Qual é a sua Deivid? Nunca foi assim, quem fez merda foi você, você queria oque? Que ela corresse de volta pra você depois do belo chifre? - Falei.

Na mesma hora senti a presença de alguém, ouvi a tossida e me virei, era Guilherme, Sabrina estava agarrada com ele.

— Pelo visto não aprendeu a ter respeito por mulher. - Guilherme disse.

— E quando você aprendeu? Logo você que deixou a Teresa com a Sabrina ae, não deu nem sinal de vida caralho e por cima traia. - Dedé dizia com um certo ódio.

— Coisa de 17 anos atrás tu ainda tá nesse papo? Eu tive que ser preso pra aprender a dor caralho, tive a noção atrás das grades, aprendi a ser homem de verdade, papo reto. - Guilherme falou com os olhos em chamas.

— Problema é teu, quero minha mulher comigo, e com a minha filha junto, e não quero ninguém se metendo por que vai ser pior. - Dedé falou levantando tirando a pistola e cruzando os braços.

Encarei aquela pistola e senti um nó na garganta, em segundos quando vi o Dedé estava no chão agoniando com a dor do tiro em que Guilherme havia dado, me virei pra Teresa que assistia tudo.

********

Já estava de noite, eu já havia limpado o chão, os meninos do morro vieram buscar Dedé, Guilherme havia já ido embora e se resolvido com Sabrina e Teresa. Até mesmo a polícia veio aqui saber por que do barulho, mas eu fiz a sonsa, falei que tinha acabado de chegar e não sabia de nada.

Me olhei a última vez no espelho e guiei pra fora de casa mr encontrando com Magnum, entrei no carro e ele tava lá sem blusa e de calça moletom.

Graças a Deus que nem me arrumei tanto.

— Linda como sempre. - Ele disse e eu sorri. - Gostosa também. - Ele disse e eu o olhei mordendo os lábios.

— Você vai fazer o que na Bolívia? - Perguntei.

— Drogas, mas é papo que em dois dias eu já estou pra cá de volta. Não vai precisar ficar com saudade do meu pau não. - Magnum disse mandando beijo pra mim.

— Seiiii! - Falei desconfiada.

— Pô Maria tava pensando em um bagulho diferente, sacou? Tipo ficar em goma e assistir algum filminho... - Magnum disse.

— Gosto da idéia, mas e comer? - Perguntei.

— Você que vai ser a comida, preciso por que to morto de fome do seu mel. - Ele disse com uma voz safada. - Eu já comprei tudo amor. - Ele disse e me olhou.

Ele ficou surpreso por ter saído amor e eu também fiquei bem surpresa.

— Que bom AMOR. - Falei dando ênfase no amor e ele riu.

— To gostando de tu pra caralho... - Magnum disse encarando a longa pista.

Sorri olhando pra ele, eu até tinha um sentimento por ele, mas já sabem né?

— Eu também tenho um sentimento por você, só não sei falar... - Falei passando a mão pelas coxas deles.

Em poucos minutos chegamos no borel, quando vi já estava parando o carro. Descemos e fomos guiando pra dentro da casa.

— Quem é essa? - Uma voz feminina soou pela sala.

Me virei vendo uma menina aparentemente com seus 15 anos parada me encarando.

— Que te interessa? - Magnum falou todo grosso num tom que eu nunca tinha ouvido ele falar.

Ele me puxou pro quarto dele e fomos assistir um filminho enquanto uns beijinhos e umas mãos bobas rolavam.

• aperta na estrelinha •

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora