• capitulo 69 •

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Último capítulo...

Bruno narrando.

Papo que era uma da manhã, fui lá na porta da casa da mina que disse que a cria era minha. A criança nasceu faz uns dois meses, fortaleci ela legal com tudo que ela precisava e ela vem dar essa mancada.

Bati na porta uma, duas, três, quatro...

— Bruno, oque você tá fazendo aqui? É uma e pouco da manhã. - A mina disse coçando os olhos.

Entrei com tudo na casa e peguei ela pelo cabelo.

— Olha na minha cara e tu me fala que tu me tirou como otário. - Falei segurando o cabelo dela.

Ela arregalou os olhos.

— Do que você tá falando Bruno? - Ela falou fazendo cara de dor.

— O Murilo não é pivete meu não mina, tu é maluca de dar dessa? - Falei soltando ela.

— Não, não, o Murilo é seu sim, por que tá falando isso? Ele é tua cara e só transei contigo na época. - Ela falou chorando.

Joguei o teste de dna pra ela e ela começou a ler, quanto mais ela lia mais ela chorava, ela se levantou vindo me abraçar e eu empurrei.

— Eu podia te enterrar viva, mais eu penso no Murilo, tu se vira de correr atrás de quem é o pai da criança e mete o pé daqui da Rocinha. - Falei me virando mais ela agarrou meu braço.

— Ele é seu, eu te juro Bruno. - Ela falou se jogando pra cima de mim.

— Nojenta do caralho. - Falei encarando ela e saindo.

Eu vinha aqui sempre ver Murilo, eu não conseguia senti amor e nem carinho por ele tá ligado? Mais nunca deixei de tratar bem.

*****

Fui até minha salinha na boca e vi Jorginho ali nervoso de uma tal forma.

— Qual foi irmão? - Perguntei vendo os nomes de quem devia.

— Ranielli tá grávida parceiro. - Jorginho disse passando as mãos pelo rosto.

— Coé mano, felicidades pra vocês aê, felizão por tu. - Falei indo abraçar ele.

*****

Maria Victoria

Deixei Aurora, João e Benjamin assistindo depois de alimentar eles e fui dar uma limpada na cozinha que realmente precisava. Depois tomei um banho rápido e desci indo trocar Aurora que havia feito côco.

Carol entrou com a bolsa junto de Henrique e Sabrina.

— Mãe preciso falar com você. - Carol disse sério.

Assenti e puxei ela pra fora de casa.

— Tubarão tem outros filhos. - Carol disse.

— Como assim? - Perguntei chocada.

— Ele tem quatro filhos, um de cada mulher, e agora? - Carol falou com um semblante triste.

Olhei ela desesperada e abracei ela.

— Calma Carol, eu sei que é difícil de entender no começo mas você tem que estar do lado dele independente se ele tem outros filhos que não seja com você. - Falei.

Sei como é, difícil de entender, mas fazer oque né, temos que entender.

*****

Era de noite, tava rolando um churrasco aqui em casa em comemoração não sei do que, do nada apareceu Carioca carregando umas mesas e indo pro quintal falando que iam assar umas carne.

Fiz o vinagre, salada e o arroz. Coloquei Aurora, João e Benjamin pra dormir depois de se alimentarem e tomar um banho.

Tava Carioca com a mulher dele, Guilherme com Lia, Teresa, Hugo e Sabrina, Caroline, Tubarão e Henrique, Jorginho, Ranielli, Klebinho, Dedé com a nova namorada e o Bruno.

Jorginho colocou um sertanejo dos antigo e puxou Ranielli pra dançar.

Olhei a babá eletrônica e vi que os meus três bebês dormiam.

Tava a maior alegria, Dedé ficou na churrasqueira enquanto Bruno cortava as carnes, e o rosto já comia igual uns mortos de fome, até Guilherme que colocava as carnes no tapouer pra levar embora escondido.

Jorginho abaixou a música e chegou mais perto da gente.

— Queria mandar uns papos com vocês. - Jorginho disse se agarrando na Ranielli.

Bruno deixou lá e veio me abraçando por trás.

— Quando a gente ia pensar em que nois ia casar e ter pivetes, cê é doido. Amo vocês, cada um, papo reto mermo, sabem que qualquer coisa é só ligar que tamo ai. - Jorginho disse sorrindo.

— Queria falae também, ficara longe de vocês foi foda, nunca mais saio daqui, só morto mermo. - Guilherme disse apertando Teresa.

Todos rimos e fizemos um brinde a nossa felicidade e por nós ter a gente.

— Queria tá agradecendo por cada um aê fazer parte da minha caminhada, eu to ligado quem é comigo e quem sempre teve comigo. Valeu por cada um ter me fortalecido de algum jeito. - Bruno disse e todos sorrimos.

Que noite, foi maravilhosa, ficamos até cinco da manhã conversando e rindo sobre acontecimentos que já passamos, acredito que está sendo a minha melhor época, com meus filhos, meu marido e os amigos.

— Queria agradecer por cada um que sempre me ajudou por mais que não me conhecia, eu toda rica e metida e vocês me ensinaram a verdade palavra do amor, eu amo vocês, amo esse lugar e amo quem me tornei, vocês me ajudaram a ver a melhor parte de morar em uma favela. Complicado é, mas com vocês tudo ficam melhor, agradeço de verdade gente. - Falei quase chorando.

Todos vieram me abraçar e eu abracei todos agradecendo a Deus pela maturidade e o crescimento que eu tive com cada uma pessoa.

Eu, uma menina de 16 anos grávida de um Traficante e logo me apaixonada por ele. Hoje tenho meus filhos, perdi pessoas que tanto amei e amo mas que sempre estaram em meu coração.

• aperta na estrelinha •

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M!

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O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora