•capitulo 4•

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Bruno narrando

Descendo na tranquilidade, quando entro numa viela dou de cara com Valentina aos beijos com um moleque.

Caralho minha filha não, ela tem 11 anos porra.

Cheguei já puxando o moleque e quando parei pra olhar vi que era um vapor, ele me olhou assustado e ela já começou aquele showzinho de querer chorar.

- Tu não tem vergonha na cara de pegar minha filha? Tá achando que ela é essas puta que tu come? - Falei jogando ele na parede e dando um murro no rosto, logo vendo o sangue descer.

Comecei a esmurrar ele e logo senti alguém me puxar, era Jorginho.

- Ih, qual foi irmão, acalma ai. - Jorginho disse me encostando na parede.

- Mano, se eu te encontrar de novo, juro que você pode já avisar pra tua família que você vai fazer uma viagem pro inferno seu arrombado. Fica longe da minha filha! - Falei apontando pra ele.

Jorginho apenas olhava.

- Pode deixar que eu resolvo parceiro. - Jorginho disse pegando o moleque e saindo dali.

Olhei pra Valentina e ela tava num cantinho com aquela cara de choro, peguei ela pelos cabelos e fui descendo até a praça. Agora quero mostrar pra Maria Victoria oque a filha dela faz enquanto diz que vai pra escola, mas na verdade se esfrega em macho.

Logo avistei Maria e Ranielli e uns par de bico na praça, fui puxando Valentina pelos cabelos e na hora que Maria viu veio correndo.

- Solta ela Bruno, você tá machucando. - Maria disse puxando Valentina e eu soltei.

Minhas mãos se fecham eu tava no ódio mesmo, queria esmurrar o primeiro que me aparecesse na frente.

- Oque tá acontecendo? - Maria disse cruzando os braços e olhando pra nós dois.

- Nada mãe, não aconteceu nada... - Valentina disse ao meio de lágrimas.

- Nada? Não foi isso que vi você na viela se atracando com vapor, tenha me paciência menina, na tua idade é pra tá brincando de boneca não se esfregando. - Eu disse cruzando os braços. - Cuide dela, o problema é seu, tenho problema demais pra resolver. - Falei bufando.

- Aham, fiz ela com o dedo né, ok vai lá fazer suas merdas que dos meus filhos cuido eu. - Maria Victoria disse gritando e saiu puxando Valentina.

*****

Valentina narrando

Depois de um bom tempo da minha mãe me falando várias coisas sobre sexo e vários conselhos, fomos embora pra casa. Mamãe foi pra cozinha fazer a janta e eu subi pra tomar banho e resolvi ver minhas mensagens.

Faz uma semana que estou aqui e eu achando que não iria me acostumar com o lugar e com as pessoas e foi mais rápido do que eu pensava. Conheci o Farofa, mas o nome dele é Saulo, ele é vapor, tem 19 anos, por mais que seja rápido de falar, eu to gostando dele. Amor a primeira vista.

WhatsApp

Saulo: Boa loira, acho melhor noi se distanciar na humildade mermo, teu pai é brabo demais mano, quero perreco pro meu lado não.

Eu: Deixa meu pai de lado Saulo, eu gosto de você...

Saulo: Tua idade num ajuda cara, se encontra cmg na caixa d' água. Boa loira.

WhatsApp off

Sai me vestindo com um shorts jeans e uma blusa simples, calcei meus chinelos e fui descendo até a entrada, sai de lá na ponta dos pés.

Sai correndo até a caixa d'água e de longe vi ele encostado num canto.

- Desculpa pelo meu pai... - Falei toda sem graça.

- De boa loira. Mas melhor nosso lance acabar. - Ele disse colocando uma madeixa do meu cabelo atrás da orelha.

Fechei os olhos e pensei no nosso primeiro beijo.

- Fica comigo Farofa... - Abri os olhos e ele me olhou com os olhos que brilhavam.

- To aqui já loira, to aqui já. - Ele disse e selou nossa lábios.

Maria Victoria

Tava cortando a cebola com vontade de cortar o pescoço de Bruno. Fiz a janta e logo Carol e Henrique chegaram da escola.

- Vai chamar sua irmã pra jantar Carol. - Falei lavando a mão.

Fiquei ali arrumando as coisas ouvindo Henrique reclamar da " professora bigoduda ", até Carol descer e interromper ele.

- Valentina não tá lá em cima não mãe. - Carol disse pegando o prato.

Sai da cozinha e fui direto pra fora a procura de Valentina, as vezes ela ficava na frente de casa pulando amarelinha com as meninas daqui da frente. E pela minha surpresa ela não estava.

Dei a volta em casa e não achei, entrei e procurei ela lá no segundo andar, depois desci e procurei no primeiro andar não encontrando ela.

Não demorou muito Bruno entrou com aquela cara fechada. Jogou a fuzil no chão e o boné no sofá e foi direto pra cozinha. Mandei mensagem pra Teresa perguntando se Valentina estava lá e ela havia falado que não.

Que raiva, ela não é assim, nunca foi!

- Bruno eu preciso falar com você. - Falei puxando ele.

Ele deixou o prato na mesa e veio.

- Coé Maria, to afim de brigar não, fui grosso contigo, foi mal. - Ele disse todo boladinho.

- Valentina não tá aqui, ela saiu e nem me aviso! - Falei cruzando os braços.

Bruno só terminou de me ouvir e saiu pegando sua fuzil e seu radinho.

aperta na estrelinha

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora