• capitulo 34•

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Guilherme narrando.

1 semana depois...

E tava eu lá na minha goma nova na Rocinha. Jade tava felizona por que a cozinha era maior.

— Gostou então amor? - Perguntei e Jade veio me abraçando com um sorri largo.

— Eu amei amor. - Jade disse se afastando de mim. - Você deveria ir falar com a mãe da sua filha, por mais que ela foi criada por outro... - Jade disse sobre Sabrina.

— Cê pá vou dar um pulo pra lá... - Falei beijando a mão da Jade.

Jade foi arrumar as coisas lá enquanto Lia dormia no quarto. Sai de lá e fui andando até a boca, papo que ninguém tava acreditando que era eu, todos ficavam me olhando, cheguei na boca e de cara avistei Dedé, ele ficou me olhando e eu guiei pra sala de Bruno.

— Ih, tá querendo voltar a ser braço direito é? - Bruno disse rindo.

— To fora, to querendo saber a goma da Teresa agora. - falei.

— Ah ela tá morando com a Maria agora, papo que Dedé tava de amante ela descobriu e meteu o pé. - Bruno disse acendendo um cigarro.

— E tu? Tá casado mais não? - Perguntei.

— Longa história... - Bruno disse soltando a fumaça.

Bruno começou a contar tudo, parecia até duas mulheres fofocando da vida dos outros.

****

Guiei pro endereço de Maria Victoria e bati palma e na hora que vi ela, ela congelou.

— Qual foi Maria vai abrir não, tá muito sol aqui. - Falei me abanando.

Ela veio abrindo o portão e me abraçando.

— Caraca, vagabundo, como assim? - Falei sem entender.

— A Teresa tá ai? - Perguntei.

— Ela foi no mercado mas já volta. - Maria disse. - Vem, entra e me conte tudo. - Maria disse fechando o portão depois de eu entrar.

Fomos pra sala e resumi pra ela oque havia acontecido.

— Ela sente saudades ainda, segredo nosso? - Maria perguntou e eu assenti. - Ela deve amar você ainda. - Maria disse.

É, papo reto mesmo?! Eu ainda sentia um baita carinho pela Teresa, ela era mãe da minha filha, nunca conheci Sabrina mas saiu de mim.

Ouvimos o barulho do portão e eu congelei, meu coração disparou, minha mãe soava, Maria levantou e foi abrir a porta, quando Teresa entrou deu de cara comigo sentado no sofá encarando ela, ela ficou parada.

- Bom, eu tenho que ir lavar algumas roupas, então depois eu volto. - Maria disse saindo dali.

Teresa do jeito que entrou ficou, ela ficou parada com umas pá de sacola na mão.

- Qual foi da ai, deve tá pesada. - Falei indo até ela e ela se afastou.

Encarei ela com a sobrancelha levantada e ela deixou tudo no chão chegando mais perto de mim, ela me encarou com os olhos cheios de lágrimas, eu virei a cara por que eu não ia conseguir encarar ela chorando. Ela puxou meu rosto pra olhar pra ela e suas lágrimas já escorria.

- Por que? Porque você fez isso? Achamos que você morreu, eu sofri tanto Guilherme, até hoje eu ainda sofro. - Teresa disse.

Puxei ela pro sofá e mais uma vez contei pra ela tudo, e enquanto isso ela chorava feito uma criança.

- To ligado que não fiz papel de pai mas eu queria pagar pelos anos que não fui presente. - Falei.

- Ok Guilherme, Sabrina só tem meu nome no certidão, tem como você fazer o registro tardio. - Teresa disse.

- Mãe... - Entrou uma menina e ela me encarou na mesma hora.

Era Sabrina, e como ela era linda, estava maior mulherão.

- Sabrina, venha cá minha filha, precisamos falar com você. - Teresa falou.

Sabrina sentou e começamos a explicar tudo a ela que não quis entender nada e saiu dali.

• aperta na estrelinha •

O dono do morro e a Patricinha || 2°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora