Valentina narrando
Eu tava na casa do Farofa, ele me trouxe e eu conheci a mãe dele e a irmã dele. A mãe dele não ficou nada feliz sobre nós.
A casa era bem simples, mas era super aconchegante. Fomos para o quarto aonde ele dividia com a irmã e deitamos na cama dele.
— Tu é virgem loira? - Farofa perguntou e eu assenti.
Eu deitei no peitoral dele e ai então ele começou a fazer carinho em meus cabelos, fechei os olhos imaginando eu e ele, e acabei apagando total.
Acordei com um barulho, quando eu ia saindo do quarto ouvi a voz do meu pai, corri entrar no guarda roupa e logo entrou eles.— Ela não tá aqui não. - Ouvi a voz de Farofa falar.
— Vem mentir pra mentiroso não, Colfoi vou precisar esfolar tua cara? - Meu pai disse e pela voz tava bem alterado.
— É... É, ela não tá aqui, e e...eu não tenho e nem quero nada com ela. - Farofa disse e aquilo deu um choque em meu coração.
— Acho bom mermo, quero tu longe das minhas filhas, o papo já foi lançado, vou te dar isso de presente só pra tu ficar esperto que aqui comigo não se brinca, você tá mexendo com o dono do circo.- Meu pai disse dando algo pra farofa.
Logo ouvi os passos saírem e a porta ser fechada, esperei um pouco e sai do guarda roupa.
— Mano, na moral vai embora, Oiá oque ele deu. - Farofa disse mostrando uma bala de arma.
— Tem medo? Achei que gostasse de mim. - Falei já sentindo a dor no coração.
Maria Victoria
A gente tenta ser o mais legal possível, e oque a gente recebe? Só desgosto, pelo amor, Valentina tem apenas 11 anos não deveria pensar nessas coisas, eu não quero pra minha filha oque aconteceu comigo, quero que ela vá atrás das oportunidades da vida, estudar e ser alguém na vida, e não ter filho cedo e deixar os estudos.
Eu andava de um lado para o outro, Henrique tava na frente de casa jogando bola com os amigos dele, enquanto Carol assistia a novelinha.
Eu olhava no relógio e cada vez ficava mais tarde, eu estava quase fazendo um buraco no chão de tanto andar no mesmo lugar.
Olhei pra porta e vi Bruno entrando sozinho.
— E ai Bruno? Cadê ela? Cadê a Valentina? - Perguntei agoniada.
— Certeza que tá na casa do filho da puta do Farofa, mas se eles quer assim, vou jogar o jogo deles. - Bruno disse entrando na cozinha.
*****
Já era onze horas da noite, eu tava igual uma barata tonta, não parava de andar de um lado e de outro, Bruno não parava de fumar, era um cigarro atrás de outro.
— Eu vou atrás dela. - Falei tirando minha blusa.
— Oque? Não vai não, ela que quis ir. - Bruno disse jogando o cigarro e soltando a fumaça.
— Se você não liga pra sua filha eu LIGO! - Falei colocando uma blusa de Bruno e um shorts.
Calcei meus chinelos e prendi meu cabelo em um coque.
— Vou contigo pô, calma ai. - Bruno disse jogando uma camisa no ombro e saímos de casa.
Fui saindo de casa e logo Bruno entrelaçou nossas mãos, perguntei a ele aonde esse tal de Farinha morava.
— É farofa Maria. - Bruno disse.
— Tanto faz essa merda, ele tá achando oque de pegar minha neném? - Falei sentindo o ódio em mim.
Fomos caminhando no escuro, e chegamos na frente daquela casa simples e pequena, bati na porta uma, duas e na terceira atendeu uma senhora com aparência de 40 anos.
— Oi, desculpa pelo incômodo, ainda mais pelo horário, mas quero falar com o Farinha. - Falei sem graça mas firme.
— Ah o farofa? - Ela disse com sorrisinho de lado mas na hora que viu Bruno logo fechou. - Já chamo, entrem. - A moça disse e saiu entrando em um cômodo.
Entrei e senti aquele cheiro de lavanda, me sentei no sofá e logo levantei quando olhei um ser aparecendo na minha frente.
— Cadê a Valentina? Eu to cansada, com sono e fome, e sabe porque? Por causa que a Valentina fica com essa putaria, eu não sou tonta e sei que ela tá aqui, então eu dou três segundos pra você trazer ela aqui se não eu sou capaz de arrancar suas bolas e fazer você engolir! - Falei meio alto.
Ele arregalou os olhos e saiu da sala imediatamente.
— Ih coé, autoritária em, quero tu assim na cama. - Bruno disse beijando minha nuca.
Dei um tapa no ombro dele e logo vi Valentina aparecer na sala, olhei pra ela com a maior vontade de voar em cima dela e quebrar ela.
— Quer tomar uma surra agora ou depois? Porque pra mim tanto faz. - Falei como se fosse óbvio.
— Calma mãe, desculpa. - Valentina disse já chorando.
— Se cair uma lágrima faço você engolir seus olhos. Calma? Você me pede calma? Eu aqui nervosa e você aqui, Valentina olha a sua idade e desse marmanjo. - Falei olhando pra Valentina que quase entrava dentro do sofá. - E você, finja que não conheça ela. - Falei olhando pro Farofa.
Puxei Valentina e sai daquela casa batendo os pés, Bruno depois saiu e fomos em direção pra casa.
— Tu igual uma vagabunda com ele, te enxerga Valentina, olha tua idade, sabe só oque ele quer contigo? Quer que eu seja bem claro contigo? Ele quer te usar, seja mais inteligente menina! - Bruno disse acendendo a maconha e tragando.
Chegamos em casa e ela foi direto pro banheiro, eu fui para o quarto e Bruno veio logo atrás beijando meu pescoço.
— A noite tá começando agora, só assim pra me relaxar total. - Bruno disse no sussurro.
Ele me virou pra ele e começou a me beijar enquanto sua mão passeava pelo meu corpo. Ele tirou minha blusa e...
• aperta na estrelinha •
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O dono do morro e a Patricinha || 2°Temporada
Teen Fiction• É aquela coisa né, " Quando está indo tudo bem, vem sempre algo pra atrapalhar ". • 2° Temporada 💣 CONCLUÍDA